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Outro lado
Documento não era irregular, diz advogado
DE SÃO PAULOO advogado Celso Vilardi, que defende Rosemary Noronha, diz que o fax de 2008 citado pela Polícia Federal não tem nenhuma ilicitude.
"É um documento oficial. Não tem nada de ilegal", diz: "Ela estava acertando uma reunião. Daí a dizer que ela participa de uma quadrilha vai um longa distância".
Agendar reuniões, segundo Vilardi, era uma das atribuições do cargo de chefe de gabinete no escritório da Presidência em São Paulo.
Ainda de acordo com Vilardi, a PF conhecia o teor desse fax desde quando fez buscas no escritório da Presidência, em 23 de novembro.
"Se houvesse alguma ilicitude no documento, a polícia teria feito algo nesse dia, não duas semanas depois."
Segundo o advogado, o fato de Rose guardar o documento no escritório da Presidência em São Paulo "significa que não havia nada de errado com ele".
Vilardi não quis comentar o que significaria a "casa de SJC" no e-mail que Rose envia a Paulo Rodrigues Vieira em tom de agradecimento.
Ele diz que não sabe o que são os "650" "em dinheiro" que sua cliente cita num e-mail do mês passado, também remetido a Paulo.
A Folha não conseguiu localizar o advogado Cláudio Pimentel, que defende o ex-senador Gilberto Miranda.
A reportagem também não achou o defensor de Tiago Pereira Lima, diretor da Antaq afastado do cargo após a operação da Polícia Federal.
A Folha deixou mensagens na caixa postal do advogado Pierpaolo Bottini, que defende Paulo Rodrigues Vieira, mas ele não ligou de volta.