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Eduardo Paes doou R$ 2 milhões a siglas aliadas nas eleições
Prefeito do Rio foi investigado por suposta compra de apoio político do nanico PTN
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), distribuiu R$ 2 milhões para siglas aliadas nas eleições deste ano.
A campanha encabeçada pelo peemedebista foi investigada por suposta compra de apoio político do nanico PTN.
O valor de R$ 2 milhões se refere ao total de doações declaradas pelo Comitê Financeiro Único do PMDB do Rio a candidatos a vereador dos 19 partidos que integraram a coligação peemedebista.
Tudo foi doado em material de campanha, como panfletos, santinhos e placas.
O Ministério Público do Rio de Janeiro investigou suposta compra de apoio do PTN em troca de R$ 1 milhão. Em gravação divulgada pela revista "Veja", o presidente regional da sigla, Jorge Esch, afirmava que parte do prometido pela campanha de Paes seria em material de campanha.
O Ministério Público pediu depois o arquivamento da investigação por falta de provas. De acordo com informações na Justiça Eleitoral, o PTN recebeu somente R$ 73 mil.
No topo do ranking de repasse peemedebista, porém, outro nanico se destaca. O PSDC recebeu R$ 622 mil em material de campanha.
Para efeito de comparação, o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), distribuiu R$ 295 mil a aliados.
O Comitê Financeiro Único do PMDB do Rio, administrado pela campanha de Paes, gastou no total R$ 20,4 milhões. A maior parte foi com a campanha do prefeito ou com candidatos da sigla à Câmara. O repassado aos aliados representa 10% do total gasto.
O presidente municipal do PSDC, Luiz Cadorna, se disse surpreso com o volume de apoio. Ele afirmou que a doação de material é tratada diretamente entre o prefeito e os candidatos a vereador.
A assessoria do prefeito afirmou que era interessante para Paes ter a imagem divulgada com candidatos a vereador e que o repasse de verbas levou em conta "o tamanho, a qualidade e a força da nominata do partido". "O PSDC tinha a nominata mais estruturada entre os aliados."