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Doações privadas predominam nas campanhas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHAEmbora o Brasil adote o financiamento misto de campanha, em que são permitidos recursos públicos e privados, a parte correspondente a doações de empresas e de eleitores é bem superior à do fundo partidário.
Os R$ 4,1 bilhões gastos neste ano correspondem a 14 vezes a fatia do Orçamento da União reservada aos partidos políticos -R$ 286,3 milhões.
Desde 1997, as doações de pessoas físicas e jurídicas são regulamentadas.
Um eleitor que quiser contribuir não pode passar de 10% de seu rendimento bruto do ano anterior.
Para as empresas, o limite é de 2% do faturamento em relação ao mesmo período. No caso de doações do próprio político para sua campanha, não há restrição.
Há também a chamada doação estimada, feita em forma de produto ou serviço: carro emprestado, trabalho voluntário ou santinhos impressos por um amigo.
Além do fundo partidário, outra modalidade de financiamento público é o horário eleitoral gratuito, em que foram concedidos R$ 606,1 milhões em benefícios fiscais para emissoras de TV e rádio, de acordo com estimativa da Receita Federal.