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Procuradoria do Ceará abre investigação sobre BNB
Executivo recebia como presidente do banco e conselheiro de empresas privadas
O Ministério Público Federal do Ceará abriu investigação para apurar a informação de que o presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Ary Joel Lanzarin, recebia dinheiro de duas empresas privadas.
Conforme a Folha revelou no sábado, Lanzarin acumulava o salário de presidente do BNB com o de conselheiro fiscal do Magazine Luiza e da Alelo (empresa do Banco do Brasil e do Bradesco).
Ele deixou os conselhos na semana passada depois de a Folha procurá-lo para comentar o assunto.
O executivo disse, em e-mail encaminhado ao Ministério da Fazenda, que vai devolver o valor recebido. No total, Lanzarin ganhou cerca de R$ 67 mil irregularmente.
O estatuto do BNB veda a participação do presidente e dos diretores em outras empresas, a não ser que haja permissão do presidente da República e do ministro da Fazenda, o que não ocorreu no caso de Lanzarin.
O estatuto do BNB diz que o descumprimento da regra "é passível de demissão". Procurado, o Ministério da Fazenda, que indicou Lanzarin para o cargo, disse que não comentaria o assunto.
Segundo o Ministério Público Federal do Ceará, a procuradora sorteada para analisar o caso está de férias e a investigação deve ser iniciada por um substituto neste primeiro momento.
OUTRO LADO
A assessoria de comunicação do BNB informou à reportagem que não vai mais comentar o caso porque se trata de uma questão pessoal do presidente do banco.