São Paulo, quinta-feira, 06 de outubro de 2011 |
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Entrada de dólares ajuda a conter disparada da moeda em setembro Apesar da piora do cenário global, total de dólares que entraram no país superou saída em US$ 8,5 bi Ainda assim, valor a moeda americana em relação ao real disparou e chegou perto de 20% no mês passado EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA Apesar do agravamento da crise global em setembro, a quantidade de dólares que entrou no Brasil no mês superou as saídas em quase US$ 8,5 bilhões. Especialmente na segunda quinzena, quando a situação da economia internacional piorou, muitos investidores e empresas retiraram seus recursos do Brasil. Esse movimento ocorreu por meio de venda de ações na Bolsa de Valores, remessas de lucro de companhias com matrizes no exterior e pagamento de importações. No entanto, a saída de divisas foi compensada por empresas exportadoras brasileiras, que trouxeram US$ 26 bilhões para o país. Elas aproveitaram que o real estava mais desvalorizado para trocar seus dólares por uma quantidade maior de moeda brasileira. Apesar de haver mais dólares disponíveis no país, a cotação da moeda subiu 20%. CRISE O comportamento do mercado de câmbio reforça o entendimento do governo e de analistas de que a alta nas cotações do dólar se deve a problemas com contratos de câmbio, e não com a falta de oferta da moeda. Nesses contratos, investidores e empresas fecham negócios estimando um valor para a divisa norte-americana em uma data futura. É uma forma de proteção contra a variação do câmbio, no caso das empresas exportadoras, ou de especulação com o valor da moeda. O aumento das tensões no cenário global, porém, provocou a alta inesperada do dólar no mundo todo, o que trouxe nervosismo ao mercado de contratos cambiais. Esse temor fez com que a alta do dólar fosse ainda maior no Brasil. Analistas acreditam que a pressão do mercado de contratos cambiais sobre o dólar perderá força, já que as apostas e a busca por proteção neste segmento caíram. A dúvida agora é se as remessas de dólares para o exterior continuarão crescendo, e se os exportadores seguirão trazendo recursos para o Brasil. Se isso ocorrer, o efeito da saída de dólares continuará sendo amenizado. Texto Anterior: Tribunal do Amapá nega diplomação de Capiberibe Próximo Texto: Contrato cambial: IOF para câmbio passa na Câmara Índice | Comunicar Erros |
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