São Paulo, quarta-feira, 09 de fevereiro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Kassab articula criação de novo partido Previsto para sair do papel em maio, Partido da Democracia Brasileira contaria com 20 congressistas e um governador Formação de nova sigla é saída para evitar a perda de mandato, punição da Justiça à infidelidade partidária FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), articula para maio o possível lançamento do PDB (Partido da Democracia Brasileira). A nova sigla contaria de saída com cerca de 20 congressistas em Brasília e com um governador, Raimundo Colombo, de Santa Catarina e hoje também filiado ao DEM. Não é novidade que Kassab esteja insatisfeito com a sua sigla, o DEM. Também já era conhecido que uma de suas opções seria criar uma nova agremiação partidária. A Folha ouviu de interlocutores próximos ao prefeito que essa possibilidade está sendo tratada de maneira objetiva para se materializar ainda no primeiro semestre. O PDB será um rito de passagem para buscar a associação com outro já existente. PMDB e PSB são considerados por Kassab. O prefeito paulistano considera necessário fundir alguns partidos para produzir uma novidade na política brasileira: uma grande legenda que tenha expressão nacional e seja ideologicamente de centro. Kassab e seu grupo permanecerão no DEM se a disputa interna na sigla não culminar com a eleição do senador José Agripino (RN) como presidente nacional do partido, em meados de março. Essa hipótese é remota. Agripino faz parte do grupo que elegeu na semana passada como líder da bancada do DEM na Câmara o deputado ACM Neto, da Bahia. O racha no DEM tem algumas nuances, mas a divergência básica é sobre como o partido deve se alinhar ao seu sócio preferencial na política, o PSDB. Há os demistas, como Kassab, que apoiam o ex-candidato a presidente tucano José Serra. E há alguns como ACM Neto e o presidente nacional do partido, Rodrigo Maia, que simpatizam mais com o senador por Minas Gerais Aécio Neves. Sair de um partido é difícil. Quem se desliga arrisca-se a perder o mandato. A Justiça Eleitoral tem sido condescendente se a causa for "mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário e grave discriminação pessoal". Não é o caso de Kassab. Construir uma nova sigla também é uma empreitada complexa, mas ninguém perde mandato se essa é a razão da saída de uma agremiação partidária já existente. Uma legenda só recebe o registro definitivo do Tribunal Superior Eleitoral depois de cumprir, entre outras exigências, o recolhimento das assinaturas de 0,5% do total de eleitores que votaram para deputado federal na última eleição distribuídos em, pelo menos, nove Estados. Hoje, esse número é de 490 mil eleitores. Com 20 congressistas em Brasília, ele próprio e mais um governador de Estado, Kassab acredita ser viável concluir esse processo com alguma rapidez. Texto Anterior: Foco: Alckmin repete em Etec aula que deu em escola particular Próximo Texto: TV Cultura deve gastar R$ 6 mi com demissões Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |