São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 2011 |
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Protesto contra a corrupção reúne 20 mil em Brasília Grupos foram às ruas em mais de 10 capitais para pedir fim do voto secreto no Congresso e aplicação da Ficha Limpa Tom apartidário marcou manifestações, que hostilizaram políticos e pediram faxina 'geral e irrestrita' DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO Munidas de vassouras, pizzas e máscaras de personagens da política, milhares de pessoas aproveitaram o feriado para participar de atos contra a corrupção em mais de dez capitais do país. As manifestações -mobilizadas principalmente por meio da rede social Facebook- reuniram 20 mil pessoas em Brasília, 2.000 na avenida Paulista, em São Paulo, e 1.500 na praia de Copacabana, no Rio, segundo cálculos da Polícia Militar. Outras cidades, como Florianópolis, Belo Horizonte, Goiânia, Recife, Manaus, Fortaleza e Curitiba reuniram desde 15 participantes (caso de Manaus) a 2.500 (Goiânia). Os protestos tiveram em comum bandeiras como o fim do voto secreto no Congresso Nacional e a aplicação da Lei da Ficha Limpa. Em várias capitais, os manifestantes também pediram o fortalecimento do Conselho Nacional de Justiça e investimentos em saúde e educação. Na maior parte dos atos, os grupos se classificavam como apartidários. Em Brasília, militantes de partidos foram vaiados. Em São Paulo, o senador Eduardo Suplicy (PT) se dirigiu a um carro de som para falar, mas foi impedido. "Se discursasse, iam dizer que o movimento é ligado ao PT, e não queremos nos vincular a nenhum partido", disse um dos organizadores do ato, Saulo Rezende, 29. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi alvo de críticas de manifestantes em vários protestos. Em Brasília, ele e o deputado cassado José Dirceu (PT-SP), que saiu do governo Lula após o escândalo do mensalão, foram chamados de "ladrões" e "corruptos". Já a presidente Dilma Rousseff foi cobrada a fazer uma "faxina ampla e irrestrita". Também na capital federal, o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcanti, pediu o fortalecimento do CNJ. Já no Rio, no fim do trajeto, foi feito um minuto de silêncio em homenagem à juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros em agosto. Depois, os manifestantes encontraram um grupo de 30 crianças da favela Mandela, na zona norte do Rio. A organização Rio de Paz explicou que elas representavam a necessidade de união da sociedade brasileira. Este é o segundo feriado seguido em que manifestações contra corrupção convocadas pela internet saem às ruas. Há cerca de um mês, no Dia da Independência, 12 mil pessoas participaram da Marcha contra a Corrupção na Esplanada dos Ministérios. Em São Paulo, 1.200 foram à av. Paulista e, no Rio, 50 compareceram à Cinelândia. Àquela ocasião, mais de 130 mil pessoas no país disseram no Facebook que protestariam. (LARISSA GUIMARÃES, PAULO GAMA E PAULA BIANCHI) Texto Anterior: Frases Próximo Texto: São Paulo: Homem é preso após quebrar vidro de loja Índice | Comunicar Erros |
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