São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 2011 |
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MEC banca propaganda em defesa de Haddad Pasta libera R$ 396 mil para rebater críticas que desgastaram ministro Petista quer disputar a Prefeitura de São Paulo em 2012; MEC diz que anúncios não visam a promover imagem dele JOÃO CARLOS MAGALHÃES LARISSA GUIMARÃES DE BRASÍLIA O Ministério da Educação decidiu veicular duas campanhas publicitárias de rádio e TV, ao custo total de R$ 396,9 mil, para rebater críticas recentes à pasta. Os episódios tiveram origem em duas reportagens da TV Globo e atingiram a imagem do ministro Fernando Haddad, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT. O MEC diz que as peças não têm o objetivo de promovê-lo politicamente. A primeira propaganda defende a distribuição de um livro didático que ensina que, em determinados contextos, é aceitável não se usar a norma culta do português. O noticiário sobre o livro desgastou a imagem do ministério, e Haddad chegou a ser obrigado a ir ao Senado para dar explicações. A peça, que custou R$ 223,5 mil, diz que a escolha dos livros didáticos não cabe ao MEC, e sim a universidades e professores. Um locutor diz ainda que "o Programa Nacional do Livro Didático é o maior e mais respeitado em todo o mundo". Em outra propaganda, a pasta rebate reportagem que mostrou escolas públicas oferecendo merenda estragada aos alunos. O anúncio do Ministério da Educação sugere que os pais devem monitorar a merenda da escola de seus filhos por meio da participação nos conselhos escolares. "É obrigação de toda escola oferecer alimentação de qualidade para seus alunos, mas é importante que os pais fiscalizem", diz o locutor do vídeo, pelo qual o ministério pagou R$ 173,4 mil. DATAS O anúncio sobre os livros didáticos começou a ser transmitido dia 18, cerca de uma semana depois de o ministro afirmar publicamente que pretende disputar a prefeitura. Deve ficar no ar até o dia 31 deste mês. O vídeo que trata da merenda foi divulgado em 17 de junho. No mesmo dia, a Folha revelou que o ministro havia manifestado a dirigentes petistas a intenção de se candidatar. A campanha saiu do ar depois de um mês. As peças foram divulgadas gratuitamente por emissoras ligadas à Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). O MEC tem direito a cinco minutos diários nos veículos, sendo um em horário nobre. A assessoria de Haddad definiu o teor das propagandas. Segundo o MEC, o objetivo foi responder às críticas à pasta, mas sem promover o ministro politicamente. "Tanto um filme como outro estavam programados desde o início do ano. [...] As reportagens [...] apenas apontaram o enfoque que deveria ser utilizado", informou a assessoria do MEC. Texto Anterior: Justiça: Associação volta a defender férias de 60 dias para juízes Próximo Texto: Temer sinaliza aliança com Alckmin em SP Índice | Comunicar Erros |
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