São Paulo, domingo, 30 de outubro de 2011 |
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Deixei o PSDB porque Serra me perseguia, diz Chalita Pré-candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo afirma que sua candidatura não será moeda de troca para acordo com o PT VERA MAGALHÃES BERNARDO MELLO FRANCO DE SÃO PAULO O pré-candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, diz que foi "perseguido" pelo ex-governador José Serra e que, por isso, trocou o PSDB pelo PSB. Sempre conciliador, Chalita adota um tom mais duro quando vai se referir ao tucano, a quem atribui um suposto "retrocesso" nas políticas educacionais no Estado. "Senti que não havia mais espaço no PSDB para continuar o trabalho que eu estava desenvolvendo. Me senti perseguido por ele [Serra] e não queria apoiá-lo para a Presidência da República. Fui absolutamente autêntico e verdadeiro", declarou. Ele atribui a suposta perseguição ao fato de ter apoiado Geraldo Alckmin na disputa interna pela candidatura à Presidência, em 2006. "Todo o projeto educacional que a gente construiu em São Paulo, que era sólido, o Serra acabou com isso. Começou a perseguir professores, as greves voltaram, e eu ficava incomodado com isso." O peemedebista reconhece que "é ruim" trocar de partido com tanta frequência: em três anos, ele passou por PSDB, PSB e PMDB. Mas diz que está feliz na nova sigla e assegura que sua pré-candidatura não será moeda de troca do partido numa negociação com o PT de Lula e Dilma. "São dois partidos que fazem parte de uma aliança nacional, comungam dos mesmos ideais, mas não há como pedir que o PMDB, que é o maior partido do Brasil, não tenha candidato na maior cidade do Brasil", afirmou. Para ele, o partido vive um novo momento: "No congresso do PMDB os dois destaques fomos o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e eu. Não vão puxar meu tapete", afirma. Chalita também descartou a possibilidade de contar com o apoio velado do ex-governador Geraldo Alckmin, de quem foi secretário de Educação no governo passado. "Esse não é o perfil dele. Sinto que ele gosta de mim, tem carinho por mim. Eu também gosto dele, tenho muito carinho por ele. Mas na última eleição para governador eu não o apoiei", afirmou. Sobre o perfil semelhante ao do ministro Fernando Haddad (PT), Chalita diz que nenhum deles pode ser "monotemático" e só falar de educação. "Tanto ele quanto eu vamos ter de apresentar um programa para São Paulo. E aí o eleitor vai diferenciar." Assista à entrevista folha.com/no998396 Texto Anterior: Raio-X: José Aníbal, 64 Próximo Texto: Tribunais de Contas são comandados por suspeitos em ações Índice | Comunicar Erros |
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