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Polícia culpa famílias por crianças em festa funk
Cenário mostra 'descomprometimento e ausência' dos pais, segundo a PM
Polícia afirma ainda que já fez operações no trecho onde ocorre o baile ao ar livre, na periferia de Ribeirão
A Polícia Militar afirma que a presença de crianças no baile funk ao ar livre que ocorre no Paulo Gomes Romeo, na periferia de Ribeirão Preto, revela "ausência e descomprometimento da família".
Em nota, a polícia diz que os pais deveriam se responsabilizar pela presença dos filhos pequenos "em locais incompatíveis para a idade".
Sobre o excesso de barulho causado pelo som alto, a PM diz que o comando não conta com decibelímetro, que mede o nível sonoro do ambiente. Afirma que também não pode apreender os veículos irregulares por causa da lotação do pátio da Transerp.
No último domingo, data em que o baile funk também aconteceu e foi presenciado pela Folha, não houve patrulhamento da PM. O trabalho da polícia estava voltado para o estádio Santa Cruz, onde acontecia jogo de futebol entre Botafogo e São Paulo.
OPERAÇÕES
Do começo do ano até a primeira quinzena de abril, a Polícia Militar recebeu 13 chamados para atender ocorrências nas proximidades da rua Maria Celina Bin Rosa, onde acontece o baile funk.
De acordo com a PM, três das solicitações estavam ligadas à perturbação de sossego por causa de som alto e uma ao baile funk. As demais ocorrências são de outros atos infracionais, de acordo com a tenente Liliane Pinheiro Kriunas Rivoiro.
A tenente afirma ainda que em dois dos casos em que a PM foi acionada houve intervenção policial, com emprego de ações de choque da Força Tática --como balas de borracha e gás lacrimogêneo. A policial não soube informar os dias em que ocorreram essas operações.
Segundo a tenente, a PM tem conhecimento do baile funk e realiza operações frequentes no bairro.