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Queixa sobre festa funk se repete na região
Som alto, rachas, venda de bebida alcoólica e drogas fazem parte do 'cardápio' de bailes em Franca e Pradópolis
Em Franca, onde a situação é mais generalizada do que em Ribeirão, prefeitura diz desconhecer festas
A realização de bailes funk ao ar livre, com drogas e menores ingerindo álcool, não é, na região, exclusividade de Ribeirão Preto. Moradores de Franca e Pradópolis dizem que festas semelhantes acontecem aos finais de semana em vias públicas.
A situação de Ribeirão, onde bailes reúnem até 500 pessoas no Paulo Gomes Romeo, revelada domingo pela Folha, fez o promotor Naul Felca instaurar um inquérito para investigar o uso de bebida alcoólica por menores e a venda de drogas no bairro.
Em Franca, a situação é ainda mais generalizada do que em Ribeirão. Além do baile na rua Vicente Richinho, no Distrito Industrial --o último foi no dia 13, segundo comerciantes--, moradores dizem que o ritual se espalha para o Jardim Paulistano, Vicente Leporace, City Petrópolis e Jardim Progresso.
De acordo com o promotor da Infância e da Juventude, Augusto Soares de Arruda Neto, após denúncias sobre o baile funk, ainda em 2012, o assunto ficou restrito à Polícia Militar e ao Conselho Tutelar.
A Polícia Militar disse que faz operações para evitar a perturbação de sossego em quatro bairros. A prefeitura, por sua vez, informou desconhecer novos bailes funks, já que uma ação para coibir os rituais foi feita em março.
Já em Pradópolis, o ritual é conhecido como "luau". Segundo frequentadores, o evento começa às 2h nos sábados e domingos e reúne cerca de cem pessoas.
Elas saem de bares locais e de cidades como Sertãozinho e Guariba e se reúnem na avenida A, no Distrito Industrial. Som alto, rachas de motos, venda de bebida alcoólica e drogas são frequentes no local, conforme participantes ouvidos pela Folha.
A Polícia Militar informou que os eventos que predominam são de forró, não funk. Já a prefeitura disse não saber. O promotor Ricardo Braimer Zampieri afirmou que vai acionar os órgãos responsáveis para vistoriar o trecho.
A PM de Ribeirão abriu investigação interna para apurar supostos abusos de policiais na ação de domingo que vetou o baile funk no Paulo Gomes Romeo. Segundo a corporação, até ontem, ninguém tinha registrado queixa contra os policiais.