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Ribeirão é a única da região em situação de alerta para a dengue

Estudo do Ministério da Saúde para 2012 mostra que dez cidades vizinhas têm condição satisfatória

No Estado, Catanduva tem a pior situação e vive risco de surto da doença no próximo ano, segundo o governo

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Com epidemias de dengue registradas sucessivamente desde 2006, Ribeirão Preto é a única cidade da região em situação de alerta devido à doença para o próximo ano.

O Ministério da Saúde divulgou ontem o Liraa (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti), resultado do trabalho de campo feito pelas próprias prefeituras de outubro a novembro.

O estudo permite identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da dengue e, com isso, ajuda a traçar estratégias de combate.

O índice de Ribeirão praticamente se manteve -foi de 1,8, em 2010, para 1,9, neste ano. Cidades com taxas entre 1 e 3,9 são consideradas em situação de alerta.

Já os outros dez municípios da região tiveram índice satisfatório -abaixo de 1.

Levantamentos divulgados pela própria Prefeitura de Ribeirão Preto, no início de novembro, já alertavam para uma nova epidemia.

Na época, três índices diferentes que medem a densidade larvária da dengue estavam mais altos, na comparação com os estudos de 2010.

COOPERAÇÂO

Ontem, o secretário da Saúde, Stenio Miranda, afirmou que o quadro aponta para a necessidade de manter as ações contra a doença.

"Principalmente chamar a atenção da população para que ela cuide de suas casas. O levantamento aponta que 80% dos criadouros estão dentro dos domicílios", disse.

O especialista Celso Granato, do laboratório de virologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que enquanto não houver uma cooperação maior entre população e poder público, o país, de forma geral, continuará a ter surtos de dengue.

RECORDES

Ribeirão registra neste ano a segunda maior epidemia de sua história, com 19,2 mil casos e 12 mortes. O pior ano foi o de 2010, com quase 30 mil registros e nove mortes.

Outras cidades da região que também enfrentam epidemias neste ano, como Barretos e Araraquara, conseguiram reduzir suas taxas de infestação do mosquito.

Barretos, no ano passado, chegou a ser incluída pelo Ministério da Saúde entre as cidades que tinham risco de epidemia de dengue em 2011.

A estimativa se confirmou e o município registra neste ano 1.148 casos. No Liraa divulgado ontem, porém, o índice recuou de 1 para 0,4.

O encarregado do Controle de Vetores, Luiz Henrique dos Santos, disse que a queda é resultado de ações mais completas realizadas de casa em casa nos últimos meses.

Um arrastão vem retirando das casas uma média diária de sete toneladas de entulho.

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