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Oriente Médio já compra 27% dos calçados exportados por Franca

Perda de mercado nos EUA e qualidade do produto explicam avanço, segundo empresários

Crescimento de vendas a países da região foi de 147% no primeiro trimestre deste ano em comparação com 2013

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

De cada dez pares de calçados exportados no primeiro trimestre deste ano pelas indústrias de Franca, 2,7 tiveram como destino países do Oriente Médio.

Foi a maior proporção obtida até então pelo setor. No mesmo período do ano passado, a relação foi de 13%. E entre os anos de 2011 e 2012, oscilou de 10% a 12%.

Países como Arábia Saudita, Qatar, Kuait, Israel e Emirados Árabes Unidos passaram a responder por 27% das exportações, cujo valor corresponde a US$ 4,9 milhões.

O crescimento nas vendas em número de pares foi de 147% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, atingindo 221 mil pares comercializados.

A explicação está na perda de mercado nos EUA com a concorrência chinesa, o que levou as indústrias do polo calçadista da região a procurar novos mercados, segundo o presidente do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), José Carlos Brigagão do Couto.

As vendas aos EUA, que no primeiro trimestre do ano passado correspondiam a 42% das exportações, caíram para 28,94% neste ano.

"Os clientes do Oriente Médio são muito bons", afirmou o gerente de exportação da Sândalo, Paulo Henrique Figueiredo. "Compram em grande quantidade e são fáceis de fidelizar pelo preço e qualidade do produto."

O calçado brasileiro conquistou mercado nesses países, segundo Figueiredo, pela boa qualidade do produto e pelo preço mais barato que o dos sapatos italianos, referência em qualidade no setor.

"O calçado brasileiro é considerado de primeira linha e de luxo", disse o gerente de exportação da Opananken, Leandro Moscardini. "São vendidos mais caros, mas possuem qualidade bem superior à dos asiáticos."

Figueiredo afirmou que os maiores compradores são grandes redes de lojas que possuem unidades em diversos países da região.

Segundo Moscardini, entre os clientes da fábrica, está uma loja no Kuait especializada em calçados brasileiros, de diversas marcas.

GERAL

As exportações no geral também cresceram 19,3% no primeiro trimestre deste ano (para 816.411 pares), totalizando US$ 21 milhões."Esse crescimento é resultado do esforço das indústrias e poderia ser maior caso tivéssemos um cambio estável e confiável", disse Brigagão. Apesar disso, ele afirmou que as exportações vêm caindo desde os anos 1990, quando elas somavam 50% da produção.


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