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Grávida diz temer pós-operatório da cesárea
Para gestante, fato de a recuperação da mulher ser mais rápida no parto normal a encorajou a evitar cesariana
Curso pré-natal para futura mãe é oferecido em mais da metade das unidades de saúde da cidade, diz prefeitura
Grávida de sete meses, a empregada doméstica Lilia Fernanda de Oliveira, 27, disse já ter sentido medo de operações cesarianas.
Depois de consultas realizadas na UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Ribeirão Verde desde o início da gestação, decidiu: "se não tiver nenhum impedimento, vai ser parto normal".
O argumento para a escolha é a recuperação mais rápida que a enfrentada pelas gestantes que optam por cesarianas. "Só dói na hora, depois a gente não sente mais nada", afirmou.
Ela está esperando o primeiro filho, uma menina que irá se chamar Karolany.
Na mesma unidade, a também doméstica Andreza Fernando dos Santos, 31, está esperando o terceiro filho.
Com quatro meses de gestação, ela quer realizar o parto como das duas vezes anteriores: normal. "A cesariana pode trazer complicações."
Na unidade de saúde que funciona na periferia de Ribeirão, desde 2012 há um curso pré-natal para gestantes.
Nele, são passadas informações sobre as vantagens do parto normal. "Mais da metade das unidades oferecem as aulas", disse a coordenadora do programa de assistencial integral saúde da mulher da prefeitura, a médica Suzi Volpato.
"Oferecemos também que o marido acompanhe o pré-natal", afirmou a médica.
Segundo ela, as complicações são menores no parto natural para mãe e bebê. Há menos sangramento e menos riscos de infecções, disse ela.
A Mater possui o selo "Hospital Amigo da Criança" por preconizar uma série de procedimentos que visam humanização no atendimento da mãe e do recém-nascido.
O selo foi idealizado em 1990 pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para promover o aleitamento materno e conceitos de humanização do parto nos hospitais.