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Pela 1ª vez em 2014, Ribeirão tem deflação
Queda de preços em maio foi de 0,05%, segundo índice medido pela Acirp e Fipe-USP
Pela primeira vez no ano, Ribeirão registrou queda nos preços. A deflação foi verificada em maio, por meio do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), medido pela Acirp (associação comercial) e Fipe (fundação de pesquisas econômicas), da USP.
No mês passado, a variação de preços foi de -0,05%. Até então, os outros meses todos apresentaram crescimento da inflação: 1,16% em janeiro, 0,19% em fevereiro, 0,93% em março e 0,54% no mês seguinte.
Os setores que mais registraram queda de preços foram transporte, habitação e despesas pessoais. Os que mais aumentaram foram saúde, vestuário e educação.
No acumulado dos últimos 12 meses a inflação é de 3,84%. No ano, de 2,80%.
No transporte, que registrou a maior variação negativa, o item que mais contribuiu para a deflação foi o etanol, que oscilou 7,63%.
As passagens aéreas também tiveram participação importante no resultado --os valores caíram 3,72%.
O economista da Acirp Fred Guimarães diz que a deflação é uma tendência natural quando há uma sequência de meses de inflação.
Ele afirmou que o período atual é de baixo crescimento da economia, o que reflete na diminuição dos preços ""o PIB do 1º trimestre desacelerou e cresceu apenas 0,2% frente aos últimos três meses de 2013, segundo o IBGE.
"Esse panorama de desaquecimento da economia faz com que as empresas façam esforços para atrair consumidores. Com a demanda retraída a tendência é que haja diminuição dos valores."
Ainda de acordo com ele, o cenário para o empresário brasileiro não é bom por causa de diversos problemas de condução da política econômica e de infraestrutura.
Ele cita as altas taxas de juros, carga tributária e dificuldades de logística e de obter mão de obra qualificada.
"Essas dificuldades obrigam as empresas a reduzir o faturamento, achatando os lucros. Tudo isso causa queda nos preços dos produtos."