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Franca prevê queda em produção de sapatos

Redução esperada é de 1,2 milhão de pares no ano devido a crise, com prejuízo à geração de empregos na cidade

Sindicato diz que a alta da inflação e a carga tributária excessiva são os principais entraves para as indústrias

JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO PRETO

A indústria calçadista de Franca, um dos polos mais importantes do setor no país, estima produzir este ano 1,2 milhão de pares de sapatos a menos do que em 2013.

Dados do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca) apontam que a produção em 2014 deve ficar em 38,1 milhões de pares. No ano passado foram fabricados 39,5 milhões.

O reflexo dessa crise afeta os empregos no setor. As empresas estão demitindo ou gerando menos vagas.

Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que o mês passado registrou o pior resultado --para maio-- da história, quando foram fechadas 150 vagas.

Nunca o setor calçadista de Franca havia registrado desempenho negativo no mês.

O presidente do sindicato, José Carlos Brigagão do Couto, afirmou que a estimativa deve se confirmar até o final do ano porque os resultados, até agora, não são animadores para as empresas.

Nos cinco primeiros meses deste ano, o volume de pares exportados subiu 9,96%. Por outro lado, o faturamento obtido com as vendas para outros países recuou 0,81%.

Isso quer dizer que a diminuição está afetando a demanda para o mercado interno, desaquecido por causa da estagnação econômica.

"O setor da indústria da transformação está sendo castigado por causa da insegurança econômica, da alta da inflação e carga tributária elevada", disse Brigagão.

Na Gofer, segundo o sócio-proprietário José Roberto Fernandes, há matéria-prima para produzir entre 1.500 e 2.000 sapatos. Neste mesmo período em 2013, as vendas já estavam todas fechadas e não havia material no estoque para produção.

"Deveríamos estar trabalhando a todo vapor. Se não melhorar, pode haver cortes", disse o empresário.

No acumulado do ano, o saldo (diferença entre admissões e desligamentos) de empregos é o menor desde 2007: 4.885 vagas. Em 2012 e 2013, as indústrias criaram mais de 7.000 empregos. Em 2011 foram 6.358 postos de trabalho gerados. No ano de 2010 foram criadas 8.639 vagas, e em 2009, 4.922, segundo o Caged.


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