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Estiagem expõe estrutura ruim de saneamento em municípios
Problemas são registrados na captação e na distribuição de água
A estiagem atual revelou as estruturas precárias de captação e distribuição de água dos municípios da região de Ribeirão Preto.
Sem planejamento e com pouco investimento, os sistemas apresentam baixa capacidade de armazenamento e equipamentos antigos, problemas que agravam o desabastecimento nas cidades.
Para o diretor regional do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), Carlos Alencastre, os municípios mantêm estruturas precárias e poucos investem em manutenção e em capacidade de armazenamento.
Em Santa Rita do Passa Quatro, a represa que abastece a população tem a mesma estrutura de quando foi criada, há 30 anos. Para reverter a situação, a cidade está finalizando um plano para construir uma nova represa.
Em Tambaú, a prefeitura afirmou que, ao longo dos anos, faltou investimento, "preocupação e cuidado" com as nascentes que abastecem a cidade. O abastecimento do município é feito apenas por mananciais superficiais e não há poços.
A situação, porém, não é só comum a cidades pequenas.
Em Ribeirão Preto, o sistema acumula problemas. Para resolvê-los, o Daerp (departamento de água e esgoto) prevê investir R$ 110 milhões até 2015.
TUBULAÇÃO
Em São José da Bela Vista, os problemas estão debaixo da terra. A cidade precisa substituir pelo menos 200 metros de tubulação e está realizando a obra durante o período da estiagem.
Em Jardinópolis, o problema é o mesmo. Segundo o departamento de água da cidade, é preciso trocar a tubulação, considerada obsoleta.
Já em Casa Branca, onde há racionamento desde o início do mês, a prefeitura disse que medidas tomadas até o momento foram "insuficientes para suportar a demanda e atender a população".
O mesmo aconteceu com o sistema de abastecimento de Viradouro, que não acompanhou o crescimento da cidade, atualmente com 17 mil habitantes. Insuficiente, o sistema não fornece água para dois bairros --Nova Viradouro 1 e 2.