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Câmara cede pela 2ª vez e aceita reduzir o número de vereadores Após pressão popular, parlamentares desistem de 27 vagas em 2013; total ainda será definido Após Panelaço frear reajuste de 39,8%, entidades reúnem 31 mil assinaturas contra o aumento de cadeiras
DE RIBEIRÃO PRETO A Câmara de Ribeirão Preto cedeu mais uma vez às pressões populares e irá reduzir o número de vereadores para o ano que vem. Ontem, os vereadores se reuniram com representantes de entidades que estão em campanha contra o aumento de parlamentares e a redução foi definida. Antes, em abril, o Movimento Panelaço, contrário ao reajuste de 39,8% nos salários dos vereadores, conseguiu que o índice caísse para 17%. Com isso, não serão mais 27 vereadores, mas o número também não deve ser 20, como o movimento liderado por entidades como Acirp, OAB e Ciesp queria inicialmente. Segundo o presidente da Casa, Cícero Gomes da Silva (PMDB), será feita uma reunião com os 20 parlamentares para definir o número de cadeiras para 2013. Cícero disse que não haverá problemas jurídicos após o acordo -a Lei Orgânica do Município prevê alterações até um ano antes de eleições. Para ele, no entanto, é possível alterar o texto da emenda aprovada em 2010 sem que haja interferência na lei. "Após o acordo, está superada qualquer questão jurídica", afirmou o vereador. Após a reunião, feita a portas fechadas, o vereador Leo Oliveira (PMDB) também confirmou a redução do número de cadeiras. "É preciso fazer uns cálculos para se chegar ao número correto, mas está tudo resolvido", afirmou. AOS POUCOS Ainda segundo ele, a intenção da Casa é que o total de vagas suba a cada mandato. Em tom ameno e clima "amigável", os representantes das entidades disseram que cabe à Câmara definir o número ideal -a campanha protagonizada por eles, no entanto, prega o slogan "20 bastam para Ribeirão". "Não podemos indicar um número correto. Quem representa o povo são os vereadores. Esperamos que surja uma solução adequada", disse Ricardo Giuntini, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) local. Já o presidente da Acirp, José Carlos Carvalho, afirmou que a campanha continua até que a Câmara apresente um novo número. Integrantes das entidades e Cícero falaram sobre "restabelecimento de diálogo" -Cícero disse que, em 2010, faltou diálogo com as entidades. Na ocasião, a Câmara era presidida por Nicanor Lopes (PSDB). O ex-presidente disse que fez seis reuniões no período com os parlamentares e não houve consenso. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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