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Revoltado, pai de paciente depreda UBS Homem diz que perdeu o controle ao saber que filho não seria atendido e quebrou os vidros da recepção com capacete Segundo o pai, eles esperaram por 3 horas em um posto; garoto seria atendido antes da confusão, diz prefeitura
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO Revoltado com o atendimento que seu filho recebeu na UBS dos Campos Elíseos, em Ribeirão, um homem quebrou ontem de manhã os vidros no balcão de recepção da Unidade Básica de Saúde. O desempregado Fábio Próspero, 37, disse que perdeu o controle após saber que não seria atendido ali. Antes, já tinha levado seu filho de 13 anos à UBDS (distrital de saúde) do centro e, de acordo com ele, após três horas de espera, foi orientado a ir para a UBS dos Campos Elíseos. Lá, segundo Próspero, queriam mandá-lo para a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento). Foi então que o desempregado usou o capacete da moto que dirigia para quebrar os vidros do balcão de atendimento. Depois da confusão, o filho dele foi atendido na mesma unidade. Pelo menos duas funcionárias ficaram levemente feridas com os estilhaços de vidro -uma delas teve um corte na sobrancelha. A auxiliar administrativa Maria de Lourdes Calisto, 63, trabalha há 33 anos na unidade dos Campos Elíseos, afirmou que a UBS não tem nenhum vigilante ou guarda para fazer a segurança. "Agressão verbal é comum aqui, mas nunca aconteceu nada assim, mais forte." O homem prestou esclarecimentos na delegacia e foi liberado no final da tarde. O delegado Ariovaldo Torrieri não registrou flagrante. A gerente da unidade de saúde, Daniela Soares, não falou com a reportagem. Segundo o investigador Márcio Volpe Marangoni, ela não quis registrar flagrante e negociou o ressarcimento dos danos com Próspero. PREFEITURA Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informou que a UBS atende casos de pediatria. Ainda segundo a administração, o paciente chegou a ser atendido na UBDS central, mas foi orientado a procurar um pediatra, pois não se tratava de urgência. Na UBS dos Campos Elíseos, disse a assessoria, a equipe iria avaliar os sinais clínicos para decidir qual conduta seria adotada quando Próspero tomou a "atitude hostil". De acordo com a assessoria, a consulta foi feita, a condição clínica não era de gravidade e o paciente foi dispensado para complementar o tratamento em sua casa. Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros |
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