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Araraquara quer vetar propaganda na TV de candidatos de São Carlos Afiliada da Globo diz que pedido não pode ser atendido; outros municípios têm o mesmo problema Partidos da cidade dizem que veiculação de programa eleitoral de São Carlos confunde os eleitores GABRIELA YAMADADE RIBEIRÃO PRETO As três coligações partidárias e o PSOL de Araraquara vão entrar com representação na Justiça para que a EPTV São Carlos, afiliada da Rede Globo, corte o sinal de retransmissão da emissora durante o horário eleitoral gratuito. O problema, segundo os partidos, é que os moradores de Araraquara assistem ao programa eleitoral dos candidatos de São Carlos, o que já causou confusão. De acordo com Regina Fujita, chefe do cartório eleitoral de Araraquara, em 2008 eleitores procuraram mesários para reclamar que não conseguiam votar em determinados candidatos a vereador e até em Oswaldo Barba (PT), atual prefeito de São Carlos, sem saber que eram da cidade vizinha. Valter Merlos (PSD), candidato a prefeito, afirmou que os partidos finalizam um documento único a ser protocolado esta semana. O PT, no entanto, já entrou com representação na semana passada, de acordo com André Agatte, presidente do diretório local. Até sexta-feira, não havia nenhuma decisão. As coligações, o juiz eleitoral de São Carlos, Paulo César Escanavez, e o cartório de Araraquara, já solicitaram o corte do sinal à emissora. Em resposta, a EPTV disse não ser possível atender o pedido porque, segundo Regina, a transmissão é digital e há questões técnicas. A emissora foi procurada pela Folha na última semana, mas não houve resposta. PROBLEMA COMUM O fato não acontece só em Araraquara. Nas dez maiores cidades da região, os moradores assistem a até quatro programas eleitorais de municípios diferentes. A TV Cultura, por exemplo, retransmite o programa eleitoral veiculado em São Paulo e informou, pela assessoria de imprensa, que não pode cortar o sinal. Em Barretos, Matão, Sertãozinho e Batatais, é possível ver propaganda de seus candidatos só nas TVs locais. Já em Bebedouro e Jaboticabal, que não possuem um canal local, a única saída é ouvir o programa nas rádios. Nessas cidades, os moradores assistem pela TV as propostas para Ribeirão, Franca e São Paulo. "Seria muito melhor para todos os candidatos [se houvesse propaganda local]", afirmou José Giacomo Baccarin (PT), candidato à Prefeitura de Jaboticabal. Para Maria do Socorro Souza Braga, professora de ciências políticas da USP, a propaganda eleitoral em TV ajuda, principalmente, os que estão indecisos. "Não faz sentido assistir ao programa de outra cidade. Não é democrático", afirmou. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) prevê que a veiculação da propaganda eleitoral gratuita esteja condicionada à viabilidade técnica e operacional das emissoras. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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