Índice geral Ribeirão
Ribeirão
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Análise

Sidnei 'forjou' Alexandre para tentar superar rival na eleição francana

MARCELO TOLEDO
EDITOR-ASSISTENTE DA “FOLHA RIBEIRÃO"

A disputa eleitoral em Franca começou de forma tímida para o candidato Alexandre Ferreira (PSDB). Mas o primeiro turno chegou ao fim com o tucano avançando à fase seguinte, num fenômeno que se deve muito mais ao engajamento do prefeito Sidnei Franco da Rocha (PSDB) na campanha.

Médico veterinário de formação, Alexandre assumiu a Secretaria da Saúde no governo tucano, acumulou a pasta do Desenvolvimento Econômico e comandou até mesmo a coordenação do Carnaval do município, tudo como forma de se mostrar versátil e entendedor dos problemas da cidade.

Paralelamente a isso, outros dois secretários de Sidnei -Valéria Marson e Sebastião Ananias- mostraram interesse em tentar o cargo de prefeito e se inscreveram nas prévias partidárias.

Nesse momento, o deputado estadual Roberto Engler (PSDB), que trava uma batalha com Sidnei pelo comando do diretório tucano, já tinha sido descartado da disputa sucessória.

Mas, reservadamente, tanto Valéria quanto Ananias já sabiam que o ungido por Sidnei era Alexandre, com um objetivo claro: ser a "novidade" da eleição e superar Graciela Ambrósio (PP), que acabou sendo a segunda colocada no primeiro turno.

Filiada a um partido que, na década passada, era composto basicamente por aliados de Sidnei, Graciela tornou-se adversária do tucano ao ponto de ele afirmar que ela era mais opositora ao seu governo que os dois vereadores petistas eleitos em 2008 na cidade -o professor Silas Cuba e o sindicalista Paulo Afonso Ribeiro.

Na última semana de setembro, ela amealhou o apoio de Ananias, que pediu demissão do cargo -rompendo uma parceria que superava três décadas-, e acusou Sidnei de produzir uma farsa nas prévias, somente com a intenção de dar "musculatura" à candidatura tucana.

Graciela, no entanto, tem um desafio: convencer os eleitores -principalmente- de Marco Aurélio Ubiali (PSB) e de Gilson Pelizaro (PT) a embarcar em sua campanha, o que, em partes, não será uma tarefa fácil.

Se foi alinhada ao PT em votações na Câmara nos últimos quatro anos -o que pode significar o apoio no segundo turno-, com Ubiali ela travou disputa por uma vaga à Câmara dos Deputados há dois anos que resultou em mais de 60 mil votos para cada um, mas sem nenhum dos dois eleito.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.