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Promessas 'vazias' marcam 2º turno, dizem especialistas Candidatos de Ribeirão têm prometido muitas obras sem especificar verbas Dárcy e Nogueira garantem, porém, que projetos terão apoio dos governos federal e do Estado de São Paulo
DE RIBEIRÃO PRETO O segundo turno das eleições em Ribeirão Preto entra na reta final nesta semana com um cenário de dezenas de promessas -principalmente nas áreas de saúde e educação- e pouca garantia de que elas serão realizadas. A prefeita Dárcy Vera (PSD), candidata à reeleição, e o tucano Antonio Duarte Nogueira Junior têm dito tudo o que o eleitor quer ouvir: serão construídas novas escolas, mães terão creches para seus filhos e fim dos inúmeros problemas da saúde. Especialistas afirmam, no entanto, que, sem a discussão de políticas econômicas, essas promessas são vazias. "Sem verificar a real capacidade da prefeitura, a população não tem condição de avaliar a promessa", afirmou o especialista em finanças públicas Adriano Biava, professor da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) da USP. Na área da saúde, por exemplo, principal tema da campanha eleitoral, ambos prometem a contratação de médicos sem especificar a quantidade e o valor gasto. "Os candidatos usam do que chamamos de discurso inverídico. E infelizmente, não existe penalidade para isso", afirmou o advogado Marcelo Augusto Melo de Sousa, vice-presidente da Comissão de Estudos Eleitorais da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em São Paulo. Problema crônico, a falta de vagas em creches também virou tema para o palanque eleitoral dos dois. Dárcy promete zerar a demanda para crianças de até três anos e ambos falam em construir 15 novas unidades. Nogueira também diz que irá implantar o período integral. "Neste segundo turno ainda faltam propostas concretas e palpáveis", afirmou Jorge Sanchez, presidente executivo da Amarribo Brasil, que representa a Transparência Internacional no país. Já o cientista político Humberto Dantas, do Insper, afirmou à Folha que "há uma distância expressiva entre o que se fala e o que se faz". OUTRO LADO Por meio da assessoria de imprensa, Dárcy afirmou que os projetos serão realizados com apoio dos governos estadual e federal, além de parcerias privadas. Já Nogueira afirmou, pela sua assessoria, que a educação em tempo integral ocorrerá de forma gradativa. Para tanto, o tucano, que defende um "choque de gestão", prevê a utilização de parte dos recursos do aumento do percentual do PIB (Produto Interno Bruto) aplicado à educação, que passará para 10%, de acordo com o Plano Nacional de Educação. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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