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Cremesp barra registro de médicos que boicotaram exame de avaliação

Casos ocorrem com recém-formados da USP Ribeirão, da Unicamp e de faculdade de Marília

Conselho confirma suspensão, diz que não quer prejudicar os alunos e que todos os casos serão analisados

ANGELO SASTRE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de SP) está atrasando o registro profissional dos médicos recém-formados que boicotaram o exame de avaliação aplicado pela entidade.

A partir deste ano, a participação na prova, realizada no mês passado, é exigida para o registro. Mas os candidatos alegam que o desempenho é confidencial e não deveria impedir o registro.

O presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, confirma a suspensão, mas diz que os casos estão sendo analisados. Segundo ele, de um total de 2.852 recém-formados que fizeram o exame, houve boicote por parte de 85.

"É uma situação lamentável e incompreensível que o primeiro ato dos novos médicos seja descumprir uma resolução do conselho regional. Não temos a intenção de prejudicar ninguém, mas eles [recém-formados] precisam arcar com as consequências de suas decisões. Eles precisam crescer, não são mais estudantes", disse.

O movimento de boicote defendeu que todos assinalassem a alternativa "b" como resposta para as questões.

A Folha apurou que 80 registros suspensos se concentram nas faculdades de medicina da USP Ribeirão, da Unicamp e na Faculdade de Medicina de Marília, uma autarquia do governo de SP.

'RETALIAÇÃO'

Para Renato Martins Pedro, 27, recém-formado pela USP Ribeirão, a atitude do Cremesp está prejudicando a atuação dos novos profissionais.

Ele disse que os alunos receberam uma carta do Cremesp informando que a prova estava sendo analisada e que até 31 de janeiro os alunos teriam uma posição.

"Isso é uma punição clara e contrária à Constituição, já que não posso exercer minha profissão e vou perder plantões", afirmou Pedro. Segundo ele, a demanda por plantões para os recém-formados é maior no final de ano.

Já Eduardo Vinicius Rosa, 24, recém-formado pela mesma instituição, disse que o movimento protestou contra o formato da avaliação. "Não somos contra a prova. O ideal é que fosse realizada uma avaliação seriada contemplando o 2º, 4º e 6º ano."


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