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Grupos mantêm viva a tradição da Folia de Reis na região de Ribeirão
FERNANDA TESTA COLABORAÇÃO PAR A A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETOÉ manhã de domingo e a vizinhança se reúne em frente à casa de Adolfo Alves, 79, na Vila Virgínia, em Ribeirão Preto, à espera da chegada da bandeira de Santos Reis.
Ontem, no Dia de Reis, a Companhia Irmãos Adolfo transformou música e dança em sinônimo de fé e devoção na casa do integrante vivo mais velho do grupo.
Com 102 anos, a companhia nasceu na fazenda dos Coxos, em Igarapava, passou por Miguelópolis e hoje mantém a tradição em Ribeirão.
"Dos 23 componentes [da Companhia Irmãos Adolfo], 14 são da mesma família", conta Baltazar Aparecido Alves, 55, filho de Adolfo.
A Folia de Reis, comemoração do nascimento de Jesus trazida ao Brasil no período da colonização, faz parte do folclore do país e resiste ao tempo como manifestação cultural e de fé.
Na região de Ribeirão, além das visitas das companhias às casas, os festivais de Folia de Reis também mantêm a tradição. Ribeirão Preto, Santo Antônio da Alegria e Altinópolis realizam encontros anuais com companhias de todo o Brasil.
Santo Antônio da Alegria, pioneira dos festivais na região, realizou o encontro durante todo o dia de ontem. A cidade festeja a Folia de Reis há mais de cem anos.
Altinópolis chega à 41ª edição do encontro de foliões no próximo dia 18 de janeiro.
De acordo com a Associação Folclórica de Altinópolis, em 2012 a festa recebeu ao menos 25 mil pessoas -a expectativa para 2013 é atingir ao menos o mesmo número.
Já em Ribeirão Preto o festival está marcado para o dia 27 de janeiro, na praça José Rossi, na Vila Virgínia.
"Acho importante fazer algo que toca as pessoas. Com a folia vemos onde vai a fé das pessoas, não é só a questão cultural", afirma Baltazar.