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Carne para merenda gera atrito entre PSDB e PT em São Carlos
Governo atual diz não encontrar o alimento, e anterior afirma que consumo ocorreu em 2012
A entrega de 7.650 quilos de carne para a merenda escolar das cerca de 120 escolas municipais, estaduais e entidades filantrópicas de São Carlos virou motivo de desentendimento entre a administração atual, de Paulo Altomani (PSDB), e o anterior, de Oswaldo Barba (PT).
De acordo com o secretário da Agricultura e Abastecimento e vice-prefeito da cidade, Cláudio Di Salvo, duas notas fiscais foram emitidas pela DB Indústria e Comércio -frigorífico responsável pela entrega das carnes- nos dias 21 e 27 de dezembro, no valor de R$ 63.032,31.
O problema, segundo ele, é que o período escolar terminou no dia 16 de dezembro e, nas datas em que as notas foram emitidas, alunos e professores estavam em recesso.
"A gente não encontra essa carne em nenhum dos frigoríficos das escolas nem na Secretaria da Agricultura", disse o secretário.
A empresa responsável pela distribuição das carnes informou, no entanto, que a encomenda foi entregue entre 15 de novembro e 10 de dezembro de 2012 nas escolas, a pedido da ex-secretária Regina Silva Bortolotti, "que pediu mais alimento para não faltar até o final das aulas".
Já a assessoria de imprensa do antigo governo informou que o alimento foi consumido antes do término das aulas, por isso "não é encontrado".
Salvo informou ainda que teve conhecimento do caso no último dia 20, quando o departamento de controla-doria da prefeitura pediu explicações sobre as notas de R$ 18.081 e R$ 44.951,31, que vencem nos próximos dias.
Segundo ele, a antiga administração havia feito o pedido da carne no sistema da prefeitura nos dias 18 e 20.
O atual secretário pediu que a empresa entregue os comprovantes de pagamento para esclarecer o fato, mas disse que quer ver a carne.