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Ribeirão quer que USP banque programa
Secretaria da Saúde pleiteia convênio para a implantação de equipes do Programa de Saúde da Família
VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO
Para atingir a meta imposta
pelo Ministério da Saúde, a Secretaria da Saúde de Ribeirão
Preto quer que a Faculdade de
Medicina da USP banque a implantação de equipes de PSF
(Programa de Saúde da Família) na cidade. O PSF visa prevenir doenças com o objetivo de
evitar que a população precise
ser atendida pelos serviços de
urgência e emergência.
Hoje, há equipes em só 20%
do município, segundo a titular
da pasta, Carla Palhares, e pode
perder recursos para a manutenção de duas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento)
caso não atinja o índice de 50%
de cobertura até 2011.
A ideia é que a FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto), que já atua na zona oeste, no Centro de Saúde Escola e
na UBS (Unidade Básica de
Saúde) da Vila Lobato, amplie o
PSF na zona norte, na região da
UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) do Quintino 2.
A secretária ainda não aponta quanto o índice do PSF vai
subir caso a proposta seja aceita. João Terra, diretor do CSE,
disse que o assunto está em estudo e que a instituição ainda
não tem posicionamento.
A pasta teve aval do Ministério da Saúde para adquirir e
manter duas UPAs, uma na região da Vila Virgínia, na zona
sul, e outra na na zona leste, região do Castelo Branco.
A assessoria do Ministério da
Saúde confirmou a possibilidade de a secretaria perder o repasse para manutenção das
UPAs, algo em torno de R$ 200
mil, segundo Palhares.
Paralelamente a essa proposta, a secretária vai pedir ao ministério um ano a mais de prazo
para o cumprimento da meta.
Um documento nesse sentido
está sendo elaborado.
Segundo Palhares, há falta de
médicos de família em todo o
país e a contratação desses profissionais para as equipes é uma
das exigências do PSF.
"Quando o Ministério da
Saúde propôs essa meta, a previsão era de que o Unasus [que
oferece cursos de formação em
medicina da família a partir de
universidades já existentes] já
estivesse funcionando, mas isso não aconteceu", afirmou.
Por esse motivo, segundo ela,
a prefeitura também vai pedir
ao ministério que aceite a contratação nas equipes de PSF de
médicos com outra formação
que já estejam matriculados
em cursos de formação em saúde da família. No Estado, a Unicamp (Universidade Estadual
de Campinas) deve ser a única a
oferecer o curso a partir do segundo semestre.
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