Ribeirão Preto, Domingo, 07 de Fevereiro de 2010

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Ribeirão quer que USP banque programa

Secretaria da Saúde pleiteia convênio para a implantação de equipes do Programa de Saúde da Família

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

Para atingir a meta imposta pelo Ministério da Saúde, a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto quer que a Faculdade de Medicina da USP banque a implantação de equipes de PSF (Programa de Saúde da Família) na cidade. O PSF visa prevenir doenças com o objetivo de evitar que a população precise ser atendida pelos serviços de urgência e emergência.
Hoje, há equipes em só 20% do município, segundo a titular da pasta, Carla Palhares, e pode perder recursos para a manutenção de duas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) caso não atinja o índice de 50% de cobertura até 2011.
A ideia é que a FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), que já atua na zona oeste, no Centro de Saúde Escola e na UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Lobato, amplie o PSF na zona norte, na região da UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) do Quintino 2.
A secretária ainda não aponta quanto o índice do PSF vai subir caso a proposta seja aceita. João Terra, diretor do CSE, disse que o assunto está em estudo e que a instituição ainda não tem posicionamento.
A pasta teve aval do Ministério da Saúde para adquirir e manter duas UPAs, uma na região da Vila Virgínia, na zona sul, e outra na na zona leste, região do Castelo Branco.
A assessoria do Ministério da Saúde confirmou a possibilidade de a secretaria perder o repasse para manutenção das UPAs, algo em torno de R$ 200 mil, segundo Palhares.
Paralelamente a essa proposta, a secretária vai pedir ao ministério um ano a mais de prazo para o cumprimento da meta. Um documento nesse sentido está sendo elaborado.
Segundo Palhares, há falta de médicos de família em todo o país e a contratação desses profissionais para as equipes é uma das exigências do PSF.
"Quando o Ministério da Saúde propôs essa meta, a previsão era de que o Unasus [que oferece cursos de formação em medicina da família a partir de universidades já existentes] já estivesse funcionando, mas isso não aconteceu", afirmou.
Por esse motivo, segundo ela, a prefeitura também vai pedir ao ministério que aceite a contratação nas equipes de PSF de médicos com outra formação que já estejam matriculados em cursos de formação em saúde da família. No Estado, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) deve ser a única a oferecer o curso a partir do segundo semestre.


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