Ribeirão Preto, Quarta-feira, 09 de Fevereiro de 2011

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Mais mosquitos e volta do tipo 1 explicam alta

DE RIBEIRÃO PRETO

Além de falhas das prefeituras, o número maior de mosquitos, que se multiplicaram após as chuvas de 2009, e o sorotipo 1 que voltou a circular explicam a explosão de casos no Estado, segundo especialistas ouvidos pela Folha.
"Certamente o Aedes aegypti não está sendo combatido [pelas prefeituras] de forma efetiva e integrada, sem interrupções", diz o epidemiologista Roberto Medronho, da UFRJ.
O infectologista Benedito Antônio Lopes da Fonseca, coordenador do Laboratório de Virologia Molecular da USP de Ribeirão, vê uma combinação de três fatores para a alta.
O primeiro foi o excesso de chuvas em 2009, que permitiu surgir mais criadouros e mais mosquitos.
Soma-se um retorno do sorotipo 1 a SP. Essa volta, por fim, encontrou uma população suscetível a ele.
"Dessa forma está montada a infraestrutura para uma grande epidemia, porque você tem os três pilares da transmissão de dengue, que é o mosquito, a população e a capacidade dele se procriar", disse.
A grande circulação do tipo 1 ocorreu no país entre 1986 e 1987, diz Medronho.
Foi no Rio que uma grande epidemia nesse período marcou a proliferação da dengue, doença que chegou a ser erradicada no país em 1958.
Uma das razões para a volta da dengue ao país foi o trânsito de pessoas vindas de países latinos não livres da dengue. (JC)


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