Ribeirão Preto, Quarta-feira, 09 de Fevereiro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Araraquara aprova a Lei Cidade Limpa Projeto que limita a propaganda no município só recebeu o aval dos vereadores depois que foi flexibilizado Comércio terá até 2014 para se adaptar à nova legislação, aprovada após um ano e cinco meses de discussão
LIGIA SOTRATTI DE RIBEIRÃO PRETO A Câmara de Araraquara aprovou ontem o projeto da Lei Cidade Limpa, que padroniza a propaganda no município. A lei era discutida desde 2009 e foi aprovada por 11 votos a um após ser flexibilizada. Comerciantes terão de se adaptar até 2014. Dentre as mudanças entre o texto original e o aprovado está o limite para propaganda nas fachadas das lojas, que saltou de um metro de altura para 2,5 metros. Outro ponto que foi flexibilizado pelos vereadores refere-se à proporção da fachada que pode ser utilizada para colocação de propaganda. Em uma loja de dez metros de frente, por exemplo, o texto original previa o limite de 7 m2, índice que passou para 17,5 m2. Também houve mudança em relação ao uso da vitrine. No início, a lei previa que 50% do espaço poderia ser ocupado por propaganda. No texto aprovado, a restrição é para o tipo de uso: metade da vitrine pode ser usada para mensagem escrita e, na outra parte, é permitido fixar figuras e imagens. Para o autor da lei, o vereador Elias Chediek (PMDB), as concessões foram necessárias para contemplar várias partes, como empresas do setor de propaganda visual e comerciantes. "Foi necessário rever alguns pontos, mas a lei teve avanço em relação ao que é permitido hoje", afirmou. Para a Amear (Associação das Mídias Exteriores de Araraquara e Região), o texto que teve aprovação da Câmara foi satisfatório. "O projeto ficou no meio termo. Antes, algumas medidas estavam ilusórias, mas agora o impacto não será tão grande", disse o presidente da associação, João Atenagoras Ramiro Bezerra. Ele cita a mudança de proporção nas fachadas e vitrines e a pintura em muros. Um ponto que foi mantido foi a colocação de outdoors. Eles permanecem proibidos em imóveis tombados pelo patrimônio público e devem ser colocados só nos corredores comerciais da cidade. A estimativa da Amear é que pelo 40 placas sejam retiradas -entre elas o outdoor na escola estadual Antônio Joaquim de Carvalho, tombada pelo Estado e atualmente em obra de restauração. A lei foi aprovada após um ano e cinco meses de discussão. Para Chediek, o motivo da demora é porque o tema é polêmico. "Mexe com muitos interesses e o objetivo não era atender algum setor em particular, mas a sociedade como um todo", afirmou. A lei deve ser sancionada pelo prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) em até 30 dias. Outros 60 dias serão necessários para que o texto seja regulamentado. O prazo para adaptação também será menos rígido. Ao invés de um ano e meio, os comerciantes terão até três anos. Já os novos estabelecimentos comerciais deverão seguir a legislação. Texto Anterior: Bebedouro aprova multa a moradores Próximo Texto: Cidade terá 35 novos redutores de velocidade Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |