Maior infraestrutura consolidará o evento em Ribeirão, diz presidente da feira

Foram investidos R$ 7 mi para solução de problemas estruturais na área que abriga a feira; evento será entre os dias 26 e 30 de abril

DA FOLHA RIBEIRÃO

Mais espaçosa e estruturada, mas com "pé no chão", a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) 2010 entrou na segunda semana de fevereiro com 80% de seus 140 mil m2 de área de exposição locados. A metragem desta feira é 37% maior que os 102 mil m2 ocupados em 2009. A feira será de 26 a 30 de abril.
O crescimento da infraestrutura do evento combinado à grande procura dos expositores irá consolidar a feira em Ribeirão Preto, segundo o presidente da Agrishow, Cesário Ramalho da Silva. Para a "nova Agrishow", como a feira deste ano é chamada por seu presidente, foram investidos pelo menos R$ 7 milhões em obras.
Os recursos também foram direcionados para a solução de gargalos estruturais na Fazenda Experimental que abriga a feira, como a pavimentação das ruas, o calçamento de parte da área e um novo trecho de acesso para o evento.
Segundo Silva, as obras serão suficientes para "eternizar" a feira na cidade. No final de 2008, a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), idealizadora e principal financiadora do evento, anunciou a mudança do local da Agrishow para São Carlos.
Após discussões que envolveram uma campanha promovida pela prefeita Dárcy Vera (DEM) e a intervenção do governo do Estado, proprietário da Fazenda Experimental, os organizadores decidiram manter a feira em Ribeirão.
Apesar do cenário econômico favorável, diferente do encontrado pelos participantes no ano passado, Silva diz que a feira deve fugir da euforia. "Vamos fazer uma feira com consistência, para um investidor consciente", afirmou.
O tom moderado é o mesmo adotado pelo vice-presidente de máquinas agrícolas da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Gilberto Zago.
Para ele, a previsão de negócios para a Agrishow de 2010 é "positiva, não otimista". O setor mais prejudicado pela crise, o de grandes compradores agrícolas, tende a se recuperar mais lentamente, diz Zago.
Segundo ele, a aposta é que a venda de máquinas mais potentes se estabilize ou cresça, movimento contrário ao que aconteceu no ano passado, quando os clientes preferiram máquinas de menor potência.


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