Ribeirão Preto, Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2011

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Hangares da TAM saem só com ampliação de pista

Presidente da empresa diz que obra em aeroporto de S. Carlos é importante

Barroso afirmou que a reforma é necessária para receber aviões maiores da companhia, como os Boeings-777

VENCESLAU BORLINA FILHO
ENVIADO ESPECIAL A SÃO CARLOS

O presidente da TAM, Líbano Barroso, disse ontem que a construção de novos hangares no centro de manutenção e reparos da empresa, em São Carlos, está ligada à ampliação da pista do aeroporto da cidade.
Segundo Barroso, a empresa tem recebido pedidos de manutenção e reparos de outras companhias aéreas, mas como os aviões são maiores, não há autorização de pouso para a pista de 1.700 metros.
Ele afirmou ainda que a TAM está disposta a fechar uma parceria público-privada com os governos municipal e estadual para ampliação da pista em mais 700 metros. "Com isso, teremos condições de receber avião de qualquer porte", disse.
No caso da TAM, por exemplo, os Boeings-777 e AirBus-340 não conseguem autorização de pouso na pista. Por isso, a empresa faz os "checks" das aeronaves nos Estados Unidos ou em países da Europa.
O Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), responsável pelo aeroporto, informou, por meio de sua assessoria, que, no momento, não há projeto de ampliação da pista do aeroporto de São Carlos, mas que está disposto a discutir o assunto com a companhia.
O prefeito de São Carlos, Oswaldo Barba (PT), afirmou que o recurso para ampliação da pista já está previsto em orçamento e que só aguarda decisão do Estado. "Para o município, seria muito bom", disse.
A ampliação da pista também é necessária para acelerar a instalação do aeroporto alfandegário. "Quanto mais sucesso tivermos na ampliação da pista, mais velocidade daremos a esse investimento", disse Barroso.
Com a alfândega, tanto a TAM quanto empresas da região poderiam se beneficiar com a importação e exportação de máquinas e equipamentos pelo aeroporto.

MAIS ATENDIMENTOS
Durante comemorações dos dez anos do centro de manutenção e reparos em São Carlos, Barroso informou que registrou, no ano passado, aumento de 7% no número de atendimentos no local.
"Foram 131 "checks", com um total de 436.016 horas de trabalho, o que representa 16% a mais do que em 2009", disse. Também em 2010, foram 97.763 reparos de componentes em 20 diferentes oficinas do centro.
No centro, a TAM realiza "checks" da maioria das aeronaves de sua frota, atualmente com 152 unidades. Mas também atende a terceiros, como a chilena LAN. "São, ao todo, 14 empresas internacionais, de nove nacionalidades", disse.


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