Ribeirão Preto, Quinta-feira, 20 de Outubro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Faltou gestão na Henri Nestlé, diz Artesp Para agência reguladora, planejamento da prefeitura poderia evitar que chuvas destruíssem parte da duplicação Prefeita não comenta a afirmação do órgão, mas disse na segunda que autorização para obras só chegou no dia 3
ARARIPE CASTILHO DE RIBEIRÃO PRETO A Artesp (Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo) afirmou ontem que faltou planejamento e gestão da Prefeitura de Ribeirão para as obras que poderiam evitar que chuvas destruíssem parte da duplicação da avenida Henri Nestlé. O órgão, apontado pela prefeita Dárcy Vera (PSD) como culpado pela demora na liberação do serviço, repetiu que o governo municipal estava autorizado a realizar a obra desde 14 de setembro. Na segunda-feira, Dárcy foi à avenida Henri Nestlé para mostrar estragos deixados pela chuva. Ela culpou o Estado e a concessionária Autovias de tê-la informado só em 3 de outubro sobre a autorização para que a prefeitura fizesse galerias pluviais sob a rodovia Anhanguera. No mesmo dia, a Artesp contestou as afirmações da prefeita dizendo que os secretários municipais Abranche Fuad Abdo (Obras) e Fernando Piccolo (Planejamento) receberam autorização "verbal" em reunião técnica no dia 13 de setembro. A Autovias, contratada do Estado, confirmou as informações da Artesp. Dárcy afirmou, então, que a autorização "verbal" não tinha validade, embora a agência tivesse dito o contrário. A prefeita chamou de "maldosa" matéria da Folha sobre o assunto, publicada anteontem. No mesmo dia, foi postada no site da prefeitura uma "nota oficial" em que a assessoria de Dárcy dizia que estava "desmentindo" a Folha. Ontem, a Secretaria de Estado dos Transportes procurou a reportagem para retomar o assunto. A diretora da Artesp, Karla Bertocco Trindade, afirmou: "Faltou planejamento e gestão na execução da obra". "A Artesp sabe que a obra [na Henri Nestlé] é antiga, foi planejada e licitada no ano passado, em julho de 2010. E foi iniciada formalmente neste ano, em fevereiro. Então, por que a prefeitura protocolou em 26 de julho o pedido de autorização?", questiona. Sobre a afirmação de Dárcy de que a autorização só chegou em 3 de outubro, ela afirmou que não há como a Artesp controlar isso. "Recebemos a demanda com pedido de urgência e respondemos. Por que a prefeitura então não foi atrás? Esperou chegar formalmente no dia 3 de outubro?" A assessoria da Artesp apresentou cópia dos documentos sobre a formalização do pedido da obra (26 de julho) e também um cronograma enviado à agência pela prefeitura indicando que o serviço seria feito em até 15 dias após a autorização, que o Estado mantém que existe desde 14 de setembro. A agência mandou cópia de e-mail enviado pela Autovias aos secretários Abranche e Piccolo. A Folha conversou com a prefeita ontem. Ela falou de conversa na Secretaria dos Transportes a respeito do aeroporto Leite Lopes e pediu um e-mail para comentar as afirmações da Artesp. Não respondeu. Texto Anterior: Legislação sanitária não prevê punição Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |