São Paulo, domingo, 09 de outubro de 2011 |
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Terapia com célula-tronco regenera cartilagens Em estudo inédito, médico carioca consegue reverter lesão nos quadris Método, que utiliza as células-tronco do próprio paciente, pode interromper patologia comum em bailarinos
DIANA BRITO DO RIO Uma lesão no quadril, diagnosticada no final do ano passado, quase interrompeu a carreira do bailarino Cleber Fantinatti, 28, integrante da Companhia Oficial de Balé da Cidade de São Paulo. Graças a um tratamento, ainda experimental, com células-tronco, Fantinatti recuperou-se e conseguiu participar de um dos espetáculos mais almejados por ele: a reabertura do Teatro Municipal de São Paulo, em junho. O procedimento foi feito pelo ortopedista carioca Carlos Bittencourt, 60, professor de ortopedia do curso de Medicina da UFF (Universidade Federal Fluminense). Ele faz testes há quase um ano com plaquetas associadas a células-tronco adultas expandidas, retiradas dos próprios pacientes. Em estudo ainda inédito, o médico afirma que a aplicação da substância pode regenerar a cartilagem lesionada em cerca de seis meses. Fantinatti não é o único bailarino a sofrer deste tipo de lesão. Por conta do esforço físico, problemas nas articulações principalmente dos quadris são comuns nessa categoria profissional. Desde o início do ano, o ortopedista Bittencourt fez o mapeamento das articulações de 30 bailarinos profissionais do Rio e São Paulo, com foco principalmente na região dos quadris. O objetivo do estudo é diagnosticar precocemente a patologia por meio de exames de imagem e, assim, impedir que as lesões se tornem mais graves. "Poderemos interromper essa degeneração da articulação, tão comum em bailarinos, fazendo uma simples infiltração", afirma. A intenção do médico é mapear pelo menos 300 bailarinos profissionais do país.
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