São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2011 |
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Conselho prepara ordem para não reanimar doente DE SÃO PAULO O CFM (Conselho Federal de Medicina) prepara uma resolução autorizando os médicos a não reanimar pacientes incuráveis e em estado terminal que sofram uma parada cardiorrespiratória. A ONR (Ordem de Não Reanimar) deve constar no prontuário do paciente e precisa do aval do doente ou da sua família. Nos EUA, a mesma orientação é chamada de DNR (Do Not Resuscitate). A expectativa era que a resolução fosse votada nesta semana, mas não houve consenso, e o assunto deve retornar à pauta nas próximas plenárias. "Há muitos pacientes terminais nas UTIs e nas enfermarias dos hospitais. Se sofrem uma parada cardiorrespiratória, não têm indicação de ser reanimados. Mas, como isso não está escrito no prontuário, a equipe médica ainda tem receio", diz Roberto D'Ávila, presidente do CFM. A nova resolução é um complemento à ortotanásia-não prolongar a vida de doentes terminais, sem chances de cura. O procedimento tem respaldo na Justiça Federal. Também tramita no Congresso um projeto de lei que regulamentará a prática. Isso já acontece em hospitais onde há equipes de cuidados paliativos. "Escrever no prontuário o prognóstico do doente, a previsão de morte, os procedimentos que devem ou não ser feitos dá mais segurança ao médico e à família", diz Maria Goretti Maciel, médica da equipe de cuidados paliativos do Hospital Samaritano. Mas ainda há locais onde a ordem de não reanimar é velada e conhecida por SPP ("Se parar, parou"). "Isso é pejorativo, uma crença infundada que vai mudar com a nova resolução", diz Maciel. (CC) Texto Anterior: Decisão em Família Índice | Comunicar Erros |
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