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Sim à restrição

Marketing de junk food para crianças engorda e faz mal

ISABELLA HENRIQUES ESPECIAL PARA A FOLHA

A aprovação dos PLs 193/2008 e 1096/2001 pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo foi um importantíssimo passo para garantir os direitos da infância, e a sua sanção pelo governador Geraldo Alckmin seria decisiva para a saúde de milhões de crianças.

No Brasil, a última Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE indica que atingimos o alarmante índice de 30% de crianças com sobrepeso e 15% com obesidade, o que, em números absolutos, representa 5 milhões de crianças.

Basta ir a uma praia qualquer do país para notar que as crianças não estão só rechonchudas: elas estão muito acima do peso e consomem guloseimas o tempo todo. Mas a gravidade do problema não diz respeito à estética e sim ao fato de ser a obesidade porta de entrada para pressão alta, diabetes e alguns tipos de câncer.

Pelo menos 50% das crianças obesas levarão o problema para a vida adulta, o que acarretará, além de sofrimento pessoal, em saída precoce do mercado, despesas com previdência e gastos públicos com o SUS.

É certo que a obesidade é multifatorial, mas é incontestável que a publicidade de alimentos com altos teores de açúcar, sódio ou gorduras é uma das suas maiores causas e, no tocante às crianças, uma influência na formação dos hábitos alimentares para toda a vida.

As próprias empresas admitem isso ao restringirem seu marketing em todo o mundo. Há até as que se comprometeram a não mais anunciar para crianças, mas nem todas cumprem isso.

Daí a urgência de se ter uma legislação que proíba as práticas de marketing que as chamam a consumir alimentos não saudáveis.

ISABELLA HENRIQUES é diretora da ONG Instituto Alana


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