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Ao gosto do freguês
Para escolher o 'streaming' de vídeo ideal, usuário deve avaliar acervo e interação com equipamentos; a Folha testou os serviços
Uma manhã de sábado na Casa Branca com o manipulador Frank Underwood. Um chá da tarde acompanhado do diretor de cinema Woody Allen. Um jantar romântico com o lutador Rocky Balboa --ou mesmo um brunch com a vilã profissional Carminha.
Permitir ao usuário que assista ao vídeo que quiser, onde bem entender e a qualquer momento é o principal atrativo dos serviços de "streaming", sem a necessidade de esperar por um download.
Ainda liderados pelo Netflix, que possui o acervo mais completo e o melhor custo benefício, os sites do tipo têm apresentado mais opções para perfis específicos de usuários, como os que preferem filmes menos conhecidos e os que gostam de ver novelas.
Correndo por fora, estão os serviços atrelados a assinaturas de TV a cabo, como o HBO Go e o Telecine On Demand, e os piratas, tal qual o pioneiro Popcorn Time. Sem mencionar os principais desafiantes do Netflix nos EUA, ainda sem presença garantida no Brasil --nesse rol estão Amazon Instant Video e Hulu.
COMO ESCOLHER
Com uma quantidade maior de alternativas, a vida de quem escolhe um serviço de "streaming" de vídeo fica mais fácil ao ponderar dois quesitos bastante específicos: acervo e disponibilidade.
Se o gosto é eclético, a resposta é simples: o Netflix tem um acervo que vai de filmes antigos a lançamentos --como "O Lobo de Wall Street", com Leonardo DiCaprio. Sem contar as séries exclusivas, como "House of Cards" e "Orange is the New Black".
O serviço também mira o Brasil com produções próprias voltadas para cá, como o seriado "Narcos", previsto para 2015 --dirigido por José Padilha e estrelado por Wagner Moura--, e o documentário "Atrás da Bola", que estreou há duas semanas.
O foco do Crackle em clássicos dos anos 1980 pode ser visto como velharia, mas o serviço compensa com o fato de ser gratuito. O Mubi vence entre os cinéfilos "cabeçudos": filmes mais raros --como os clássicos dos anos 1930 de Charles Chaplin-- e obras premiadas em festivais.
Quanto à disponibilidade, o usuário precisa não apenas saber se o serviço escolhido está ao alcance de seus equipamentos, como também avaliar se a interface entre serviço e aparelho é boa.
A interação com o Apple TV por vezes é ruim dado seu controle remoto com design belo, porém insensato --problema que o Chromecast, do Google, não ocasiona.