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Crítica Terror

Série "Resident Evil" não mete medo em mais ninguém

DE SÃO PAULO

Sempre preferi o cinema de terror japonês ao americano. Por isso o recém-lançado "Resident Evil 6" não me agrada.

Explico: o estilo nipônico é mais sugestivo e gera medo pela atmosfera pesada, enquanto as obras de Hollywood em geral não primam pela sutileza e misturam muita ação à fórmula japonesa.

E é aí que "RE 6" peca: a receita do game tem ação demais para um capítulo da série que definiu o gênero "sobrevivência de horror", com mais de 40 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

"RE 6" completa a virada de casaca da série, que começou lá em "RE 4" e continuou em "RE 5": do terror de clima para o terror de balas.

O jogo em nada me recorda a sensação de horror e a munição escassa do primeiro capítulo da franquia.

Em "RE 1", eu apertava como louco o botão de tiro sempre que abria alguma porta, mesmo antes de ver o que tinha atrás. Era medo de que já houvesse um zumbi esperando em uma arapuca para comer meu cérebro.

"RE 6" tem novos monstrengos: são os J'avo, seres infectados que, ao contrário dos preguiçosos zumbis, possuem três pares de olhos e empunham armas de fogo.

Com a adição, natural que a ação abocanhe fatias importantes do terror. Os momentos de suspense são curtos; a munição está mais farta.

Mas, se é para brincar de tiroteio, existem games mais competentes no mercado.

Ele é legendado em português -mas não há muito o que comemorar. Ela está repleta de erros de gramática e usa palavras como "arremeter" em vez de "correr".

Entre as poucas coisas boas do jogo, dá para citar a possibilidade de atirar e andar ao mesmo tempo -novidade bem-vinda na mecânica da jogo que, no geral, não é mais do que um passatempo.

(AO)

"RESIDENT EVIL 6"

AVALIAÇÃO ruim

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