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Lei aumenta demanda de empresa por reciclagem

Política Nacional de Resíduos Sólidos ajuda a dar rumo ao "e-lixo"

Metal precioso é parte ínfima do eletrônico, mas capacitação de catadores multiplica valor de remessas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Desde a implementação da PNRS (Política Nacional dos Resíduos Sólidos), em 2010, fabricantes vêm se mostrando mais preocupados em dar um fim ecologicamente responsável aos equipamentos eletrônicos que geram, segundo profissionais da área ouvidos pela Folha.

José Cristovam, diretor da Vertas, recicladora de eletrônicos situada em Mauá (SP), diz que passou a receber um número maior de consultas e de produtos desde que a lei passou a valer.

Com ela, os fabricantes foram obrigados a dividir a responsabilidade dos resíduos que geram com os revendedores e têm até 2014 para se adaptar às novas regras.

Dell, HP, Itautec, Nokia, Motorola e Positivo dispõem de programas próprios de coleta de produtos no país.

Maria Tereza Carvalho, diretora do Cedir (Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática), da USP, diz haver uma "demanda reprimida" pela reciclagem. "Muita gente me procura para montar seu próprio centro."

Herbert Mascarenhas, da Abree (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos), que tem como parceiras AOC, Panasonic e Philips, concorda que houve aumento na procura. "É hoje uma área bastante assediada. Tenho recebido muito mais consultas sobre a gestão do processo."

PONTOS DE COLETA

Estudo feito a pedido do governo federal mostra que, se as 150 maiores cidades do país receberem a estrutura necessária, como pontos de coleta, dois terços do "e-lixo" brasileiro terão sua reutilização viabilizada.

Mas isso não significa que é o Estado quem vai agir nesse sentido. "A responsabilidade é compartilhada por fabricantes, importadores e comerciantes", diz Zilda Veloso, gerente de resíduos perigosos do Ministério do Meio Ambiente. "Se prefeituras instalarem pontos de coleta, por exemplo, poderão cobrar desses responsáveis."

MINA DE COBRE

Mesmo que metais preciosos representem uma fração pequena (há 0,00001% de ouro no material recebido, em média, segundo a Vertas), a quantidade de cobre que é aproveitada após processos manuais e automatizados de separação torna o negócio lucrativo, mesmo para as pequenas empresas.

"Depois que começamos a desmontar eletrônicos, praticamente acordamos", diz Walison Borges da Silva, da Coopamare, cooperativa de catadores localizada no bairro de Pinheiros (São Paulo).

Silva diz que, depois de fazer um curso sobre reciclagem desse tipo de material (leia texto abaixo), ele pôde multiplicar por 13 o valor de venda dos lotes de computadores processados pela empresa.


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