São Paulo, quarta-feira, 09 de fevereiro de 2011 |
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Dinheiro no dedão Celulares inteligentes ganham função de carteira e são usados para fazer pagamentos; saiba como funcionam os sistemas e veja como se proteger de ataques virtuais ao seu dinheiro
AMANDA DEMETRIO DE SÃO PAULO Já pensou em sair de casa sem sua carteira? Inconcebível para alguns, a ideia vai tomando contornos possíveis com o surgimento de novas tecnologias. Agora, quem assume os pagamentos é o seu celular. E um dos representantes da nova concepção de carteira eletrônica será o próximo iPhone, segundo rumores publicados em sites especializados em tecnologia. Especula-se que a quinta versão do smartphone da Apple será compatível com a tecnologia NFC (Near Field Communications), que funciona como uma espécie de sistema de rádio e permite a troca de dados entre aparelhos a curta distância. Na prática, o usuário aproximará seu iPhone de um leitor de dados para pagar sua conta ao sair de uma loja. O mercado de pagamentos feitos com o celular já engatinha há um tempo. Estimativas da consultoria Juniper Research mostram que os valores de bens físicos e digitais que as pessoas irão comprar com o uso de seus celulares deve chegar a US$ 200 bilhões em 2012. A previsão dos analistas é a de que o NFC se torne a tecnologia dominante nos pagamentos móveis. NO BRASIL Quem quer usar seu celular pra fazer pagamentos móveis no Brasil já tem várias opções (veja mais ao lado). A MoIP, por exemplo, tenta solucionar aquela situação chata em que alguém esquece o cartão na hora do almoço. Por meio da carteira virtual da empresa, é possível enviar e receber dinheiro de qualquer outra pessoa diretamente do celular. O pagamento com celular também pode acabar com o problema de ter que fornecer números de cartão de crédito para empresas. O Banco do Brasil lançou, em 2008, o Visa Mobile Pay, que permite que o usuário forneça apenas seu número de telefone para que o lojista faça a transação. A avançada tecnologia NFC também já está em período de testes no Brasil. Visa, Banco do Brasil, Bradesco e Cielo cuidam de um projeto piloto do Visa Pay Wave, presente em 15 localidades brasileiras. A tecnologia permite o pagamento com a aproximação física do smartphone. Durante os testes, a tecnologia funciona no modo pré-pago. "Você coloca um determinado valor no seu aparelho e vai gastando", explica Sérgio Donato Chrystal, gerente-executivo do Banco do Brasil. Segundo ele, ainda é preciso formar uma massa de vendedores e clientes interessados no uso da tecnologia. "Também é preciso adaptar as lojas", afirma. Os aparelhos que fazem o teste da tecnologia têm que ter a compatibilidade com o NFC em seu chip e uma antena, que transmite o sinal ao terminal que fica na loja, explica Percival Jatobá, diretor-executivo de produtos da Visa do Brasil. "É como se fosse um bilhete único [cartão usado para o pagamento de ônibus e metrô em São Paulo]", conta Jatobá. O chip compatível com a NFC é personalizado com as informações bancárias do usuário para possibilitar o pagamento. A Mastercard também faz testes com pagamentos móveis -um projeto piloto está sendo colocado em prática na cidade de São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Segundo a empresa, as lojas que aceitam o pagamento móvel estarão sinalizadas. Para quitar sua conta, o usuário inicia o processo de pagamento por meio de um aplicativo no celular. Nesse período inicial, a empresa está focando a iniciativa em dois serviços básicos: a recarga de telefones da operadora Vivo e os pagamentos de alguns estabelecimentos selecionados. Nesta edição, veja mais sobre a tecnologia NFC, conheça outras alternativas de pagamentos feitos por meio do celular e aprenda a manter sua carteira eletrônica em segurança nesta edição. Próximo Texto: Apostas são em tecnologia sem contato Índice | Comunicar Erros |
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