São Paulo, quarta-feira, 09 de fevereiro de 2011 |
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Programas facilitam leitura em tablets Eles omitem distrações, como anúncios, barras laterais e links, e exibem somente o texto com um visual limpo Empresa criou serviço de assinatura que repassa 70% do valor para produtores de conteúdo na internet RAFAEL CAPANEMA DE SÃO PAULO Ler os textos que você quiser, na hora que bem entender, no dispositivo que você tiver à mão e sem distrações. É essa a proposta de serviços como o Instapaper, o Readability e o Read It Later, que se popularizam na carona de smartphones e de tablets como o iPad. A situação é comum: você se depara com um longo texto que parece ser interessante. Nos arredores do conteúdo, todo tipo de ruído: barras laterais, anúncios, comentários, links. Com serviços de legibilidade, basta um comando para fazer sumir o que há de supérfluo e destacar apenas o essencial: texto e, eventualmente, fotos. Artigos interessantes também costumam surgir quando se está ocupado no trabalho, por exemplo. Nesse caso, basta usar o Instapaper ou o Read It Later para guardar os textos e lê-los mais tarde, despidos dos excessos -com o iPad, na cama, ou na fila do banco, por meio do smartphone. EFEITO COLATERAL Apesar de convenientes, esses serviços podem ser prejudiciais ao omitir aquilo que é uma fonte de renda primordial dos produtores de conteúdo: os anúncios. Pensando nisso, o Readability (readability.com) anunciou na semana passada um serviço pago de assinatura (US$ 5 ao mês) cujos dividendos serão repassados, em sua maioria (70%), para quem produz os textos lidos por meio do serviço. No ano passado, o "New York Times" impediu que seu conteúdo fosse oferecido sem autorização no Pulse, agregador de notícias que funciona no iPad, no iPhone, em celulares com Android e nos tablets equipados com o sistema do Google. Criado por estudantes da Universidade de Stanford, o Pulse é um dos principais representantes do promissor mercado de revistas digitais personalizadas, como o Flipboard, que foi laureado pela própria Apple como aplicativo do ano de 2010 para iPad. Com múltiplas fontes, o conteúdo do Flipboard e do Pulse -ambos gratuitos- é formado por links publicados pelos contatos do usuário em redes sociais e por pacotes temáticos (moda, tecnologia etc.). Segundo uma pesquisa da iModerate Research Technologies e da Brock Associates, 66% dos proprietários de dispositivos multifuncionais, como o iPad e smartphones (Android, BlackBerry e iPhone) passaram a ler mais desde que se apossaram dos brinquedinhos. Curiosamente, 46% dos donos desse tipo de aparelho começaram até a ler mais livros de papel, de acordo com o estudo. Vale lembrar que a pesquisa não ouviu donos de dispositivos de leitura dedicados, como o Kindle, da Amazon, e o Nook, da Barnes & Noble. "Veremos um crescimento no consumo de e-books neste ano porque os consumidores sugerem que ler livros em um dispositivo multifuncional é muito conveniente para eles", disse Laurie Brock, presidente da Brock. Texto Anterior: Luli Radfahrer: Os velhos da sua idade Próximo Texto: Hábitos de leitura Índice | Comunicar Erros |
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