São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2011 |
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OPINIÃO WINDOWS 8 Microsoft parece apostar em convergência Visual para tablets não é ideal para laptops e desktops, mas diferenças entre essas plataformas podem diminuir FUTURO COM POUCA DIFERENCIAÇÃO ENTRE APARELHOS PODE FAVORECER ESTRATÉGIA DA MICROSOFT EMERSON KIMURA DE SÃO PAULO A Microsoft já foi muito criticada por usar em tablets interfaces voltadas a desktops; agora faz o caminho inverso, com o Metro, uma interface para tablets que será usada também em desktops. O Metro é a grande novidade do Windows 8. Cheio de elementos grandes, espaçosos, amigáveis ao toque, é ideal para tablet -não só pela touchscreen, mas pelo próprio formato do aparelho, que permite (ou pede) o uso na horizontal, na mesa, no colo etc. Isso fica claro quando tentamos usar o Metro em laptops ou desktops (mesmo os com touchscreen), pois a posição vertical da tela causa desconforto. É possível usar teclado e mouse para navegar pela nova interface, mas a experiência incomoda -por que fazer scroll horizontal para acessar um aplicativo, se os ícones caberiam todos em uma só tela?; por que ter fontes e ícones gigantescos, se o mouse oferece precisão para selecionar itens minúsculos? Existe a opção de acessar o Desktop -uma interface tradicional, como a do Windows 7-, mas nele o menu Iniciar foi substituído pelo Metro. Para usuários de laptops e desktops, portanto, as grandes vantagens do Windows 8 provavelmente não estarão no visual, mas em melhoras como inicialização mais rápida, busca mais abrangente, maior integração com a nuvem e segurança aprimorada. É comum ouvir que o tablet é um formato voltado ao consumo, não à produção de conteúdo, e o Metro parece corresponder a essa ideia, pois não aparenta oferecer vantagens em produtividade. Até por isso, é intrigante a decisão da Microsoft de "empurrar" a interface para outras plataformas. Por que não lançar uma versão do Windows (com Metro) para tablets e uma (sem Metro) para computadores -como faz a Apple, com o iOS e o Mac OS? A Microsoft parece apostar em um futuro com tablets tão potentes quanto laptops e desktops, ou pelo menos com poder suficiente para produção séria de conteúdo. Nesse cenário, haveria pouca diferenciação entre as plataformas, e um único sistema para todas faria muito sentido. Usuários poderiam ter um só aparelho funcionando como tablet, laptop e desktop -ou usar os mesmos programas e configurações em diversas máquinas-, e desenvolvedores teriam menos trabalho para disponibilizar aplicativos em diferentes plataformas. Texto Anterior: Atalho - José Antonio Ramalho: Acesse o seu Gmail usando o programa Outlook Express Próximo Texto: "Competição é boa para acelerar inovação", diz diretor do Google Índice | Comunicar Erros |
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