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Seculares, fazendas oferecem turismo histórico
Propriedade em São Carlos tem museu com objetos de 1850 deixados por antigo dono
Grandes fazendas dos tempos do Brasil Império (1822-1889) também estão investindo em turismo rural no interior. O foco é atrair pessoas interessadas em história e no estilo de vida campestre.
Um dos exemplos é a fazenda Santa Maria do Monjolinho, em São Carlos (a 232 quilômetros de São Paulo).
Aberta a visitações aos finais de semana, interessados podem passear por trilhas que margeiam vegetações de mata atlântica, andar a cavalo e comer em um restaurante típico da roça.
A fazenda também é conhecida por seu caráter histórico. Em seu interior, há um museu com objetos antigos, como armas e móveis.
"Quando meu avô comprou a fazenda, o antigo dono estava com a propriedade penhorada ao banco e deixou aqui todos os objetos que tinha. Temos itens até de 1850", diz Décio Malta Souza Campos, atual proprietário.
MEMÓRIA
Ainda em São Carlos, está a fazenda Pinhal, que pertenceu a Antonio Carlos de Arruda Botelho (1827-1901), o conde do Pinhal. O local é outro destino para os interessados em história do século 19.
Almoços e passeios a cavalo, no entanto, estão fora de questão. A fazenda não é mais produtiva e, atualmente, seu espaço é dedicado a conservação de memória e documentação.
Por seu valor histórico, o local foi tombado pelo Condephaat (órgão estadual de defesa do patrimônio) em 1981 e pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) seis anos depois.
As visitas são de terça a sábado e devem ser agendadas com antecedência. (GS)