São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 2011 |
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Diminuto, o país é berço de grandes pintores Uruguai está no centro da temática artística SILVIO CIOFFI EDITOR DE TURISMO Nativos de Montevidéu, dois artistas uruguaios, Joaquín Torres García (1874-1949) e Pedro Figari (1861-1938), viveram na mesma época, mas desenvolveram estilos opostos. Construtivista e ligado em proporções, Torres Garcia estudou em Barcelona e viveu entre Paris, Madri, Livorno e Nova York. Pintou quadros de temas urbanos e traços geométricos e, também, fez desenhos intrigantes como "América" (1943), reproduzido na capa desta edição. Passadista e ligado a temas essencialmente uruguaios, Figari foi pintor, jornalista, advogado e político. Dizia-se diletante e retratou afro-uruguaios e o candombe, o pampa, pátios e personagens aristocráticos. Assim, apesar de terem elegido temas distintos, a obra de ambos converge numa visão "uruguaiocêntrica", cada um à sua moda. Torres García dizia que, para os uruguaios, o norte seria o sul, numa prova de que, mesmo sendo um pintor ligado às vanguardas europeias, exortou artistas na escolha de temas sul-americanos. Já Figari, que viveu entre Montevidéu, Buenos Aires e, também, em Paris, usou as tintas para plasmar, poeticamente, um universo artístico que alude ao rio da Prata. E, como um tércio nesse bipolarizado ambiente das artes uruguaias, Carlos Páez Vilaró (1923-), que também nasceu em Montevidéu e viajou o mundo, desenvolve sua obra pictórica, escultórica e arquitetônica fazendo uma ponte entre Figari e Torres García, criando um universo artístico que é, a um só tempo, autoral, uruguaio, ancestral e ultracontemporâneo. Texto Anterior: Consumo diário de erva-mate sinaliza lealdade Próximo Texto: Candombe é símbolo da herança afro Índice | Comunicar Erros |
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