São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2008 |
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O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo. DE VOLTA AO FUTURO Guarujá vive ao sabor da maré do tempo
Balneário é pleno de doces memórias, mas precisa se opôr à violência contra turistas vista ao vivo na TV
SILVIO CIOFFI EDITOR DE TURISMO A 86 km de São Paulo e a 15 km de Santos, mais 20 minutos de balsa, Guarujá é município desde a década de 1930. Já o balneário, cujo traçado urbano aristocrático foi planejado em 1892, caiu nas graças da efervescente sociedade paulistana entre os anos 1950 e 1970. Depois, no final dos anos 1980, a construção civil desordenada verticalizou de vez a região e o Guarujá começou a enfrentar a decadência decorrente da favelização, da falta de planejamento urbano e de saneamento básico, da poluição do mar e das praias e, pior ainda, dos assaltos e da violência contra turistas à luz do dia. Prédios art déco foram demolidos ou perderam a função original, caso do velho Cassino, no centrinho, e do cine Praiano Palace -o chamado "cinema novo", que embalou as matinês e soirées de gerações de freqüentadores do balneário. Também restaram poucos palacetes à beira-mar nas Pitangueiras, desapropriados na virada dos anos 1960/1970, quando a prefeitura local decidiu demoli-los para fazer um discutível deque de madeira. Um balneário histórico Na ilha de Santo Amaro, cuja superfície, de 139 quilômetros quadrados, divide com o município de Vicente de Carvalho, Guarujá deve ter herdado o nome ("guaru-yá") do termo indígena que indicaria a passagem estreita entre a praia das Pitangueiras, a mais central, e a praia dos Astúrias, que já foi chamada de praia do Guarujá. Além de Pitangueiras e Astúrias, a ilha tem praias mais recônditas, como Tombo e Guaíba. Tem ainda praias movimentadas, caso da Enseada, cuja história se confunde com a do imigrante de origem libanesa Miguel Estefno; do Pernambuco/Jequitimar, onde reinaram a quatrocentona Veridiana da Silva Prado e o pioneiro Fernando Lee, em cuja ilha do Arvoredo fazia experimentações com energias alternativas (eólica, das marés etc.) e colecionava plantas e aves exóticas. Próximo Texto: De volta ao futuro: Balneário ainda exibe praias idílicas Índice |
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