São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Bahia tem 'quartel' para preservar a tartaruga marinha Projeto Tamar iniciou suas atividades no Brasil há três décadas; hoje, ONG tem 23 bases em território nacional No mundo, existem sete espécies de tartarugas marinhas; desse grupo, cinco vivem pelas águas da costa brasileira DA ENVIADA À PRAIA DO FORTE (BA) Entre as peculiaridades da tartaruga marinha, um animal que remonta à pré-história, estão a demora e a briga ao copular e a volta ao local de nascimento para desovar. Cada uma delas põe mil ovos de uma vez só, mas apenas um chega à vida adulta. E, depois disso, ela os abandona, sem nunca mais voltar. Há sete espécies de tartarugas marinhas no mundo (cinco delas vivem na costa brasileira) -todas internacionalmente reconhecidas como ameaçadas de extinção. Há três décadas, em 1980, foi a partir dessa realidade -e do fato de que não havia uma legislação ou programa para conservação marinha no Brasil- que o projeto Tamar (www.projetotamar.org.br) iniciou suas atividades no país e se tornou uma reconhecida ONG ambiental. A espinha dorsal do Tamar está na praia do Forte, base primogênita do projeto, com 30 km de praias e monitoramento (noturno inclusive) de cerca de 2.000 ninhos de tartarugas (a desova ocorre de setembro a março, com ponto alto em dezembro). Tartarugas nascidas e criadas em cativeiro também podem ser vistas lá -assim como espécies esquisitas, que vivem a mais de mil metros de profundidade. Ao todo, o Tamar mantém 23 bases em nove Estados brasileiros, agindo em 1.100 km de costa com o objetivo de preservar tartarugas das espécies cabeçuda, de pente, oliva, de couro (a mais ameaçada delas) e verde. "Cerca de 60% das mortes de tartaruga estão relacionadas à ingestão de lixo disperso na água do mar, sendo o plástico o principal vilão", afirma a bióloga Luciana Franco Veríssimo. PROJETO TAMAR ONDE Praia do Forte, BA (0/xx/71/3676-1045) FUNCIONAMENTO Diariamente, das 9h às 17h30; no verão, das 8h30 às 18h30 QUANTO Grátis (crianças até 1m); R$ 7,50 (estudantes, idosos e crianças entre 1m e 1,5m); R$ 15 (demais); R$ 35 (ingresso familiar) Texto Anterior: Preservada, praia do Forte escapa de estereótipo de 'ilha da fantasia' Próximo Texto: Castelo mira a costa e remonta à era colonial Índice | Comunicar Erros

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