São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2011

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'Falo sobre perdedores', diz o músico alternativo

Daniel Melingo utiliza elementos do rock e versa sobre drogas e violência

Rotulado como 'tango maldito', o multi-instrumentista lança um novo álbum feito ao longo de dois anos

DA ENVIADA A BUENOS AIRES

Dentre as muitas variações surgidas a partir do tango, o músico Daniel Melingo pode ser descrito como um Tom Waits do ritmo portenho.
Desde 2008, cria composições sobre o submundo argentino -algo que o coloca em contraposição às canções tradicionais do estilo. Ele conversou por e-mail com a Folha sobre seu disco "Corazón y Hueso", a ser lançado em novembro. (MARINA LANG)

 

Folha - Algumas das suas letras versam sobre drogas e violência. É um retrato do "underground" argentino?
Daniel Melingo - Minha temática é variada. Meu tango é autoral, escrito agora. Musicalizando poetas fundamentais do nosso acervo lunfardo [trocadilho silábico recorrente no tango]. E sim, acima de tudo, descrevendo personagens que chegam ao limite do absurdo. Na miséria, na vida ruim. Poderia dizer que falo de perdedores.

Como você faz suas canções?
Meu olhar é em direção do prototango e suas raízes. A formação que eu uso é basicamente a de guitarrista, marginal, "lunfarda". Com sonoridades que agrego, como o clarinete, o trombone, a serra musical e a experimentação sonora. A psicodelia em seu estado mais puro.

E quanto ao último disco?
Foi um longo trajeto de dois anos. Começamos em Paris para, mais tarde, terminar as gravações em Buenos Aires. É um álbum íntimo e dançante, com pesquisa similar aos anteriores.

Leia a íntegra em
folha.com/no996443



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