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NO TOPO DO JAPÃO
Escalada no verão revela outra face do monte Fuji
Quem aceita o desafio de subir o ícone japonês não vê neve no topo, mas sim a cratera de 500 m de diâmetro
MAURÍCIO KANNO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO JAPÃO
Símbolo do Japão, o monte
Fuji aparece sempre cheio de
neve e rodeado de nuvens, tanto nas ilustrações tradicionais
como nas camisetas e nos chaveiros contemporâneos -mas,
para alguns, ele encerra o desafio de uma escalada reveladora.
Quem aceita encarar a subida
dos seus 3.776 m, dificilmente
avista o branco nival tão comum na representação da iconografia. Vê, sim, um caminho
de pedra e areia, cinza, marrom
e vermelho, com folhagens esparsas, até chegar à borda da
cratera -o monte é, na verdade, um vulcão. E, se olhar em
volta, verá um tapete de nuvens, cada vez mais abaixo.
Não só o Fuji-san (como é
chamado em japonês) cheio de
neve mas também o Japão
sempre frio, são imagens particularmente equivocadas.
O visitante terá certeza disso
indo ao Japão no verão, quando
é permitida a escalada no monte e os termômetros marcam
30C, inclusive na ilha central,
onde fica a montanha, no território da Província de Shizuoka.
No dia-a-dia do verão japonês, o suor é freqüente, e o ar-condicionado, obrigatório.
Nesse cenário, acaba sendo um
alívio o frio de 10C ou menos
que se pode experimentar na
subida ao vulcão-símbolo.
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