São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011 |
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Diretamente das parreiras, prove uvas doces em vinícola siciliana Procure por cacho feio e esquecido, com uvas já murchas, em que frutos são mais açucarados Em Ficuzza, amplitude térmica elevada traz tardes bem quentes e noites frias; variação do dia pode ser de até 20ºC DO ENVIADO À ITÁLIA O calor de derreter durante o verão e a neve que cobre os vinhedos durante o inverno evidenciam o contraste da temperatura nas duas estações extremas. A época da maturação e colheita das uvas em Ficuzza, na Sicília, no entanto, é também marcada por elevada amplitude térmica, com tardes quentes e noites frias. Essa variação, que chega a 20ºC, é importante para a cepa local, propriedade que pertence a Cusumano (www.cusumano.it), empresa dirigida por dois irmãos. São 189 hectares de plantação em solo argiloso e 60 microáreas responsáveis pela produção de 70% tintos e 30% brancos. Deixe para conhecer a vinícola na época em que os vinhedos estejam carregados -a vindima ocorre entre agosto e setembro- e ande entre as parreiras sem preocupações (a não ser a forte sensação quente do sol na cabeça). As uvas, suadas pela alta temperatura e pela elevada umidade, são dulcíssimas. Uma dica: procure por um cacho feio e esquecido, cujas uvas já estejam murchas. Essas são ainda mais doces, quase um mel. Foi-se a maior parte da água do interior dos frutos, reteve-se o açúcar. Embora não haja estrutura para receber o turista (afirmam que há planos nesse sentido para os próximos dois anos), os interessados podem contatar a vinícola e agendar visita e degustação, que ocorre em Partinico, a poucos quilômetros dali. A família tem plantações não só Ficuzza mas também em San Giacomo e em Presti e Pegni, todas na Sicília. Faça um tour por www.cusumanosimplysicily.it: há uma vista panorâmica do local. O extenso terreno coberto por vinhas de Ficuzza fica próximo da comuna Piana degli Albanesi (onde ainda se fala arbëreshë, idioma derivado do albanês). Vale a pena parar na cidadela, cheia de ruas estreitas, fundada por albaneses refugiados dos Bálcãs no século 15. Pare no Antico Bar Sport, "la casa del cannolo", e prove o famoso doce siciliano recheado com ricota. (RAFAEL MOSNA) Texto Anterior: Rota de Baco vai a Verona e Montalcino Próximo Texto: Foco: Cheia de contrastes, Palermo exibe similaridade com Brasil Índice | Comunicar Erros |
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