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CANAIS TIPO EXPORTAÇÃO
Jornais locais de SP, RJ e MG podem ser vistos nos países mais distantes
Record e Globo matam saudades de brasileiros
RODRIGO DIONISIO
DA REPORTAGEM LOCAL
QUEM MORA fora do país e optou
por receber um dos dois canais internacionais produzidos por emissoras
brasileiras não perde (ou ganha) quase
nada em relação ao telespectador daqui.
As programações para exportação da
Globo e da Record basicamente repetem o que é veiculado no Brasil.
As exceções estão na Record Internacional: o "Fala Brazuca" e uma versão
do "Record nos Esportes". O primeiro é
um show de variedades produzido nos
EUA sobre a vida dos brasileiros no
país. O segundo, que estreou há cerca de
15 dias, tem apresentação de Fernando
Vannucci e fala principalmente de futebol e de esportistas brasileiros que vivem no exterior.
O restante da programação é semelhante à exibida na emissora, exceto pelos desenhos, séries, filmes e outras produções sobre as quais a Record não tem
o direito de exibição fora do país.
Os jornalísticos são divididos entre
programas com noticiário de Minas,
Rio de Janeiro e São Paulo.
"Sabe-se que o Estado que mais exporta brasileiros para os EUA é Minas
Gerais. O Rio também é responsável
por boa parte dos brasileiros que vivem
lá. Por isso, são exibidos o "Informe MG"
e o "Informe Rio" durante a programação do canal. Para os paulistas e paulistanos, temos o "Cidade Alerta'", afirma
o diretor do canal internacional, Delmar Andrade.
Segundo ele, a produção de conteúdo
exclusivo é uma tendência que deve gerar outras atrações produzidas especialmente para os brasileiros no exterior. A
existência do canal, para o diretor, é
tanto uma forma de levar a marca da
emissora para fora do país quanto uma
iniciativa lucrativa.
"A Record é uma empresa que busca
sua fatia no mercado, é competitiva no
Brasil e no exterior e vê na globalização
um espaço atrativo e promissor", diz.
O canal está no ar há mais de quatro
anos e pode ser captado, em sinal aberto
via antena parabólica, em toda a África
e na Europa; nos EUA, é distribuído por
assinatura, segundo a emissora.
Aniversário
O canal internacional
da Globo comemorou três anos no último dia 24. Segundo a emissora, atinge
200 mil assinantes -em 1999, eram 40
mil- em 18 países (EUA, Japão, Austrália, Angola, Moçambique, África do
Sul, Argentina, Chile, Colômbia, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Guatemala, Panamá, Peru, Guiana Francesa, Nova Zelândia e Timor Leste).
"Os primeiros a receberem o canal foram Estados Unidos e Japão, por concentrarem as maiores comunidades de
brasileiros. Estima-se que haja 2,2 milhões de brasileiros e 5,5 milhões de lusófonos morando fora de seus países",
diz o diretor do canal, Marcelo Spínola.
A base da programação é o conteúdo
da TV Globo, acrescido de atrações de
seus canais pagos, como o "Via Brasil",
do Globo News, e o "Sportv News".
O jornalismo fica a cargo dos telejornais nacionais e regionais das principais
"praças" da emissora -"SP TV", "RJ
TV" e "Bom Dia Minas".
Algumas produções ganham especiais com os melhores momentos da semana, aos sábados ou domingos, caso
dos infantis "Bambuluá" e "Sítio do Picapau Amarelo". Outras atrações são
reprisadas durante o dia.
"Devido à diferença do fuso, é preciso
repetir programas para que, principalmente os telespectadores que moram
na Costa Oeste dos EUA, possam assisti-los", explica Spínola.
Por exemplo, quando ocorre a primeira exibição do "Mais Você" na Globo Internacional, são 7h05 em Nova
York e 4h05 em San Francisco. As reapresentações ocorrem às 14h15 na
"Grande Maçã" e às 11h15 em San Francisco.
O canal internacional da Record também investe em reprises com justificativa semelhante, segundo seu diretor.
A Globo Internacional não tem programas exclusivos, mas, segundo Spínola, exibe até oito jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol por semana, alguns não transmitidos no Brasil.
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