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PROGRAMAÇÃO
TV paga prepara novidades mesmo em cenário de crise
Divulgação
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Cena da série "O Homem do Futuro", que o Discovery estréia no próximo domingo, às 21h |
Canais tentam driblar o dólar alto para oferecer muitas estréias neste ano
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RODRIGO RAINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
OS CANAIS pagos iniciaram o ano
enfrentando a crise no mercado de
TV a cabo, que registrou queda de assinantes em 2002, e o dólar ainda alto, que
leva as programadoras a renegociarem
preços com seus fornecedores. Nesse
quadro, é justo que os assinantes temam
pela qualidade da programação em 2003.
A Rede Telecine, porém, anuncia mais
um pacote de filmes inéditos. "Uma
Mente Brilhante", "Inteligência Artificial" e "O Diário de Bridget Jones" estão
entre eles. "Temos flexibilidade para negociar a compra. Grandes estúdios, sócios do Telecine, recebem menos pelos
direitos de exibição, mas investem", diz
Fred Schiffer, diretor-geral.
Parte do investimento do National
Geographic Brasil será destinada a produções regionais. "Os programas serão
vendidos para o mercado internacional,
tornando o Brasil mais conhecido e melhorando nossa receita", diz Abel Puig,
diretor do NGC. "O mercado encolheu
6% em 2002, tivemos prejuízo de 35%
em nossa receita, mas fizemos novas
aquisições e a qualidade da programação
será a mesma", afirma.
O Discovery exibirá 20% de produções
independentes brasileiras. "A maior fatia
dos custos das produções é em dólar,
mas a dublagem, pelo menos, é em real",
diz Vera Buzanello, vice-presidente de
vendas da Discovery Networks Latin
America. A série estrangeira "O Homem
do Futuro", sobre a evolução da pesquisa
científica na genética, é a estréia do canal
para o próximo domingo, às 21h.
O canal A&E Mundo cogita fazer especiais sobre Sônia Braga, Jorge Amado e
Maurício de Souza. O documentário "A
Revolução de 32" é o destaque do ano no
History Channel. "A compra de atrações
para o público da América Latina é
preestabelecida, apesar da receita prejudicada pela crise do setor e do dólar
muito valorizado", diz Helios Dominguez Alvarez, diretor de A&E Mundo e
do History.
O Sony planeja o novo "game show"
"Estilo Game", produzido no Brasil.
Reúne três duplas de jovens telespectadores em uma disputa de conhecimentos gerais. Quem tiver mais afinidade
com o companheiro vence. "Procuramos trazer séries pouco tempo depois
das estréias nos EUA. Vamos continuar
investindo o que for necessário para oferecer atrações do gosto do público", diz
Dorien Sutherland, diretor-geral da
Sony Pictures América Latina.
Antecipação No Multishow, o
impacto da alta da moeda americana
não prejudicou a programação de 2003,
segundo Wilson Cunha, diretor do canal. "Fechamos os contratos de aquisição de programas com seis meses de antecedência. A alta do dólar não nos afetou", diz ele. "As temporadas de "Sex
and The City" foram compradas em um
bom momento. Isso nos deu fôlego."
No Disney, as novidades são os longas
animados "A Bela e a Fera", "Toy Story"
e "Branca de Neve". "Vamos investir na
programação da mesma maneira que
em 2002", afirma Herbert Grecco, diretor de marketing do canal. "Apesar da
crise, o faturamento cresceu no ano passado. Vamos apostar em produções originais, animações e séries."
O ESPN Brasil não renovou contrato
para a transmissão da Fórmula Mundial
e reduziu o orçamento do programa
"Nas Pegadas do Campeão", que mostra
o dia-a-dia do tenista Gustavo Kuerten.
"Não estaremos com Guga nas primeiras viagens dele para reduzir custos, mas
exibiremos as partidas", diz José Trajano, diretor de programação.
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