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ONG quer evitar repetição da história de "Pixote"
A maior preocupação da ONG Nós do
Cinema é que nenhum dos 200 jovens e
crianças envolvidos no projeto, todos
de comunidades pobres do Rio, repita a
história de Fernando Ramos da Silva, o
menino que saiu de uma favela de Diadema (SP) para brilhar nas telas no filme "Pixote, a Lei do Mais Fraco" (1979),
de Hector Babenco.
Graças à sua atuação no filme, Silva,
então com 12 anos, foi contratado pela
Rede Globo. Em 1981, ele foi viver no
Rio com a mãe e os irmãos enquanto
gravava a novela "O Amor É Nosso",
em que interpretava Pingo, filho adotivo da personagem de Tônia Carrero.
Mas a família não se adaptou à cidade
e Silva, que mal sabia ler, tinha dificuldades em decorar os textos. Seis meses
depois, foi dispensado pela emissora.
De volta a Diadema, nunca encontrou
seu caminho. Envolveu-se em assaltos e
foi morto por policiais em 25 de agosto
de 1987, aos 20 anos.
(MM)
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